Na última sexta-feira (17), o presidente Jair Bolsonaro exonerou o secretário especial de Cultura do governo federal, o dramaturgo Roberto Alvim. O motivo da demissão foi a revolta em torno de um pronunciamento oficial feito pelo diretor teatral, em que ele parafraseia Joseph Goebbels, ministro da propaganda da Alemanha nazista.
O vídeo foi repudiado por oposicionistas e governistas, incluindo os presidentes da Câmara, do Senado, do Supremo Tribunal Federal. Alvim reagiu dizendo que tudo não passava de uma "coincidência retórica", que não citou Goebbels e que a frase em si era, segundo ele, perfeita.
Sob pressão política e da comunidade judaica, da qual faz parte uma parcela da sua base de apoio, Bolsonaro cedeu e comunicou o desligamento de Alvim do governo.
Para esclarecer quem é o ex-secretário e onde o discurso de Alvim se encaixa na política cultural do governo, o episódio desta segunda-feira (20) do Café da Manhã conversa com o repórter da Ilustrada Gustavo Fioratti e com a jornalista e doutora em sociologia Ana Paula Sousa.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando abaixo. Para acessar no aplicativo basta se cadastrar gratuitamente.
Ouça o episódio:
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia.
O programa é conduzido pelos jornalistas Rodrigo Vizeu e Magê Flores, com produção de Jéssica Maes e edição de som de Thomé Granemann.
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