O primeiro episódio do podcast Epidemia –nova série em áudio do 37 Graus em parceria com a Folha–volta ao começo de 2015, quando uma doença misteriosa se espalhou pelo Nordeste do Brasil. Os ambulatórios começaram a receber centenas de pacientes relatando manchas vermelhas e coceira. Alguns tinham também febre baixa e dor nas articulações. Boa parte desses pacientes recebia o diagnóstico de dengue.
Ouça o episódio:
Até que o fenômeno intrigou um grupo de médicos infectologistas e clínicos. Reunidos em um grupo de WhatsApp batizado de 'Chikungunya: a missão', criado no final de 2014, quando o país se preparava para a chegada da chikungunya, os médicos discutiam qual poderia ser a causa da doença.
A suspeita de que o vírus da zika poderia ser o culpado veio do infectologista Kleber Luz, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Apesar de, até aquele momento, o zika nunca ter sido encontrado no Brasil e de ser pouco estudado no mundo, a descrição da doença era compatível com o que se via nos hospitais.
A nova série de podcasts tem como fio condutor de sua narrativa uma epidemia anterior à do novo coronavírus e que ajuda a lançar luz sobre o presente: a trajetória do vírus da zika no Brasil.
Luz é um dos entrevistados no episódio, assim como Carlos Brito, médico clínico da Universidade Federal de Pernambuco que ajudou Luz a convencer a comunidade médica de que o vírus da zika era o responsável pelo problema.
As apresentadoras Sarah Azoubel e Bia Guimarães acompanham o caminho da zika desde o momento da primeira hipótese até a comprovação, em maio de 2015. Na época, zika foi anunciada aos brasileiros como uma "prima" leve da dengue. O susto só viria alguns meses depois, em outubro do mesmo ano, quando os casos de microcefalia começaram a disparar no Nordeste, nos mesmos lugares por onde o vírus passou.
Com um novo episódio publicado semanalmente às terças-feiras, o Epidemia está disponível em todos os aplicativos para podcast, como Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google Podcasts, Castbox, Pocket Casts, Stitcher e TuneIn, entre outras.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.