Com 29 mandados de busca apreensão em cinco estados, além do Distrito Federal, a Polícia Federal deflagrou, nesta quarta (27), uma nova etapa do chamado inquérito das fake news, que investiga ofensas, ataques e ameaças contra ministros do Supremo Tribunal Federal.
A ordem veio do ministro do STF Alexandre de Moraes, que comanda o caso, e atingiu políticos, empresários e ativistas bolsonaristas. Policiais buscaram provas nos endereços do ex-deputado Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, do dono da Havan, Luciano Hang, e de assessores do deputado estadual paulista Douglas Garcia (PSL).
O foco da operação é um grupo suspeito de operar uma rede de divulgação de notícias falsas contra autoridades e seus financiadores. Além de Hang, seriam supostos patrocinadores o empresário Edgard Corona, dono da rede de academias Smart Fit, e o investidor Otávio Oscar Fakhoury, também alvos dos mandados. Outros alvos da operação são o blogueiro Allan dos Santos e a ativista antifeminista Sara Winter.
Os atingidos pela ação negam envolvimento em ataques e difusão de conteúdos falsos e reclamam de autoritarismo e cerceamento da liberdade de expressão.
O professor da Faculdade de Direito da USP Rafael Mafei Rabelo Queiroz discute as nuances deste novo capítulo desta crise política e jurídica.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando abaixo. Para acessar no aplicativo basta se cadastrar gratuitamente.
Ouça o episódio:
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia.
O episódio é conduzido pelos jornalistas Rodrigo Vizeu e Magê Flores, com produção de Jéssica Maes e Renan Sukevicius. A edição de som é de Thomé Granemann.
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