No dia 25 de maio, na cidade americana de Minneapolis, a morte por um policial George Floyd foi gatilho para uma série de protestos que, desde então, tomaram as ruas dos Estados Unidos e outros países.
Foi em meio a esse cenário que a nova tradução do clássico “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, desembarcou nos EUA. Um dia após o lançamento, a obra esgotou na Amazon e Barnes and Noble.
Machado chega aos EUA em meio a protestos contra o racismo, enquanto aqui no Brasil movimentos semelhantes lutam para lembrar que ele era um escritor negro. O autor de "Dom Casmurro" passou por um processo de embranquecimento. Além das fotos, com efeitos de luz para deixarem sua pele mais clara, isso gerou alguns mitos —como o de que não teria se posicionado contra a escravidão ou que tentou esconder que era negro, por exemplo.
O novo episódio do Expresso Ilustrada mostra como essa ideia se desenvolveu e por que está errada. Para desmistificar essas crenças, o podcast conta com a presença de Eduardo de Assis Duarte, professor de literatura da UFMG e autor da antologia “Machado de Assis Afro-Descendente” (editora Malê).
Participam também Flora Thomson-Deveaux, pesquisadora e tradutora de “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, que explica o que esse livro diz aos leitores estrangeiros, e Itamar Vieira Junior, autor de “Torto Arado” (editora Todavia), que relembra que começou a ler Machado aos 12 anos.
Com novos episódios todas as quintas, às 16h, o Expresso Ilustrada discute música, cinema, literatura, moda, teatro, artes plásticas e televisão. A edição é da Natalia Silva e a apresentação é da Isabella Menon e Mauricio Meireles, que também assina o roteiro.
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