Em meio às manifestações contra o racismo que acontecem no Brasil e no mundo, o Folha na Sala desta terça (16) discute a presença e as vivências dos professores negros na educação básica.
Especialistas dizem que os professores negros em sala e nos cargos de gestão servem como uma importante referência para os alunos negros que, segundo eles, são historicamente desacreditados pelo sistema.
Hoje, 48% dos professores da rede pública se declaram negros ou pardos, bem como 40% dos estudantes de pedagogia do país. O número é próximo à presença negra na população geral, 56%, e muito maior do que no começo do século 20, quando pesquisadores apontam um processo de “embranquecimento” do magistério.
Após décadas de políticas exclusivas na formação de professores, a mudança veio com a democratização da ensino básico nos anos 1960 e das políticas afirmativas, no começo dos anos 2000, no ensino superior. Mas educadores dizem que ainda é preciso avançar.
O programa ouviu a relatora do projeto de lei que instituiu o ensino obrigatório de cultura e história africanas em sala de aula, Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva, que contou que a medida veio após uma luta diária de professores negros para mudar a educação.
Em Campo Grande (MS), São Paulo, Itaboraí (RJ) e Ouro Preto (MG), professores contam sua experiência em sala e na formação de outros professores.
O Folha na Sala é uma parceria da Folha com o Itaú Social. O programa é apresentado pelos jornalistas Ricardo Ampudia e Juliana Deodoro. A coordenação é de Fábio Takahashi e Magê Flores. A edição de som é de Stefano Maccarini.
Você pode acrescentar o nosso programa no seu agregador de podcasts usando o link https://anchor.fm/s/e66fb94/podcast/rss
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.