A pandemia escancarou as desigualdades sociais no Brasil. Trabalhadores informais, que tiveram que deixar de sair de casa ou perderam o emprego com a quarentena, passaram a ter como única fonte de renda o auxílio emergencial fornecido pelo governo, que começou a ser pago em abril.
Em setembro, uma medida provisória prorrogou o pagamento desse benefício, mas com parcelas reduzidas de R$ 600 para R$ 300 –com isso, as contas de quem dependia desse dinheiro ficaram ainda mais apertadas. "Ou você come ou paga as contas", afirmou à Agência Mural a manicure Lisbela Rodrigues, 66, que mora em Suzano.
De acordo com pesquisa Datafolha, a maioria dos brasileiros que recebem o auxílio emergencial o utilizam para comprar comida. Nas periferias, se a diminuição do benefício causou impacto, o fim dele preocupa ainda mais.
Nesta quarta (25), o Café da Manhã conversa com o Lucas Veloso, da Agência Mural de Jornalismo das Periferias, um dos autores de uma reportagem publicada na Folha sobre o impacto da diminuição do auxílio emergencial na periferia de São Paulo.
Para entender as consequências do fim do benefício para a economia, o podcast entrevista o colunista da Folha Vinicius Torres Freire.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando abaixo. Para acessar no aplicativo basta se cadastrar gratuitamente.
Ouça o episódio:
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Maurício Meireles, Magê Flores e Bruno Boghossian, com produção de Jéssica Maes, Laila Mouallem e Victor Lacombe. A edição de som é de Thomé Granemann.
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