Na tarde de terça (3), o site The Intercept Brasil divulgou um vídeo de uma audiência judicial com a influenciadora Mariana Ferrer, que acusou o empresário paulista André de Camargo Aranha de estupro em uma boate de luxo em Florianópolis.
No vídeo, o advogado de defesa de Aranha, Claudio Gastão, ofende Ferrer. Gastão exibe fotos da influenciadora que nada têm a ver com o caso e diz que ela aparece em “posições ginecológicas”. Quando Ferrer começa a chorar, ele a ofende novamente, falando em “choro falso” e “lágrimas de crocodilo”.
A divulgação do vídeo gerou forte repercussão nas redes sociais. Além da atitude do advogado, também causou indignação o fato de que o Ministério Público de Santa Catarina pediu a absolvição do réu.
O MP afirmou que o vídeo divulgado pelo Intercept foi editado para esconder intervenções do promotor, do juiz e do assistente de acusação em defesa de Ferrer.
O advogado Claudio Gastão disse que não ia comentar um processo sob segredo de justiça, “principalmente em face de indagações descontextualizadas que revelam má fé e parcialidade”.
Já Aranha negou ter tido contato sexual com Ferrer. Depois, já em juízo, disse que fez apenas sexo oral na influencer – e que não agiu de forma violenta.
Pra entender esse caso e as dificuldades enfrentadas pelas mulheres em processos do tipo, o Café da Manhã desta quinta (5) conversa com Maíra Zapater, professora de processo penal da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando abaixo. Para acessar no aplicativo basta se cadastrar gratuitamente.
Ouça o episódio:
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Magê Flores e Maurício Meireles, com produção de Laila Mouallem e Victor Lacombe. A edição de som é de Thomé Granemann.
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