A disputa política entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), em torno da vacina contra a Covid-19 no Brasil colocou em evidência um órgão que não costuma estar nos holofotes. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), responsável por dizer se uma vacina é segura ou não, parou no centro do debate.
Enquanto a imunização se inicia em países como Reino Unido e EUA, aqui os prazos para a aprovação da vacina viraram um cabo de guerra.
Na última segunda (14), a Anvisa definiu um prazo de 10 dias para certificar o uso emergencial de imunizantes. No entanto, uma lei federal aprovada na pandemia obriga a agência a avaliar qualquer imunizante em até três dias, desde que ele já tenha recebido aprovação definitiva nas agências regulatórias do Japão, EUA, China ou União Europeia --e receba o pedido de registro.
No episódio desta quarta-feira (16), o Café da Manhã conversa com o médico sanitarista Claudio Maierovitch, diretor-presidente da Anvisa de 2003 a 2005, para entender sobre o funcionamento da agência e os riscos da politização do trabalho dela.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando abaixo. Para acessar no aplicativo basta se cadastrar gratuitamente.
Ouça o episódio:
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Bruno Boghossian e Jéssica Maes. A produção é de Andressa Motter, Victor Lacombe e Laila Mouallem. A edição de som é de Thomé Granemann.
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