Com um atraso recorde, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sancionou o Orçamento de 2021. A assinatura veio no último dia do prazo, quinta-feira (22), e envolveu uma combinação de vetos a emendas parlamentares e a recursos de programas de ministérios, além de um esforço do governo para enxugar ao máximo os gastos com o funcionamento da máquina pública.

O texto tramitou no Congresso por sete meses até ser finalmente votado, em março. No Orçamento que chegou às mãos do presidente, gastos obrigatórios tinham sido subestimados --o que sobrava do dinheiro teria como destino emendas parlamentares.

A equipe econômica considerou o Orçamento inexequível e, diante dessa disputa com o Legislativo, Bolsonaro ficou em um impasse. De um lado, corria o risco de deixar o governo sem verba para manter compromissos. Do outro, se vetasse a verba das emendas, podia ter problemas com o centrão, de quem ele depende cada vez mais.

No episódio desta segunda-feira (26), a secretária de Redação da sucursal de Brasília da Folha, Julianna Sofia, explica o que estava em jogo e analisa as escolhas feitas por Bolsonaro.

O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando abaixo. Para acessar no aplicativo basta se cadastrar gratuitamente.

Ouça o episódio:

O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Magê Flores e Maurício Meireles, com produção de Jéssica Maes, Laila Mouallem, Mahara Aguiar e Victor Lacombe. A edição de som é de Thomé Granemann.