Relatos do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral levaram a Polícia Federal a pedir a abertura de um inquérito no Supremo Tribunal Federal para investigar supostos repasses ilegais ao ministro Dias Toffoli. A Folha obteve gravações de depoimentos da delação premiada de Cabral, em que ele detalha pagamentos que teriam sido feitos ao ministro para influenciar decisões no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Toffoli foi presidente do TSE de maio de 2014 a maio de 2016. Nos registros, o ex-governador diz, por exemplo, que teriam sido pagas a Toffoli "vantagens indevidas" para salvar o mandato de Antônio Francisco Neto, que, em 2015, era prefeito de Volta Redonda (RJ).
Segundo Cabral, o ministro teria recebido R$ 4 milhões, em pagamentos feitos em 2014 e 2015. Toffoli nega.
O ministro Edson Fachin, do Supremo, indeferiu o pedido de inquérito sobre Toffoli e também proibiu que a PF faça qualquer investigação com base na delação de Cabral até que o tribunal decida sobre a validade do acordo. A corte julga essa questão a partir desta sexta-feira (21).
No Café da Manhã, a editora da coluna Painel, da Folha, Camila Mattoso, e o repórter em Brasília Fábio Serapião detalham o que disse o ex-governador do Rio sobre Toffoli e explicam o que a PF gostaria de investigar.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando abaixo. Para acessar no aplicativo basta se cadastrar gratuitamente.
Ouça o episódio:
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Magê Flores e Bruno Boghossian, com produção de Jéssica Maes, Laila Mouallem e Victor Lacombe. A edição de som é de Thomé Granemann.
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