Com reservatórios de usinas hidrelétricas já em níveis baixos e a aproximação de um período de poucas chuvas, o governo federal emitiu um alerta de emergência hídrica na semana passada. O aviso abrange a região da Bacia do Paraná, que é crucial para o fornecimento de energia do país e sofreu nos últimos meses a pior seca em 91 anos.
O governo planeja acionar usinas termelétricas para evitar o risco de racionamento, o que tem custos maiores e se reflete na conta de luz das famílias brasileiras --além dos impactos na economia como um todo. Como resultado, a Agência Nacional de Energia Elétrica já anunciou a aplicação da tarifa mais cara na conta de luz a partir deste mês.
O governo diz que não há risco de apagão ou racionamento. Mas a notícia trouxe de volta o fantasma da crise energética de 2001, no governo FHC. Ela foi um dos fatores que contribuíram para a derrota do PSDB, partido do então presidente, e a vitória de Lula nas eleições de 2002. Desta vez, a conta pode ficar com o governo Jair Bolsonaro.
No episódio desta quarta-feira (2), o Café da Manhã ouve o repórter Nicola Pamplona. Ele analisa a situação energética do Brasil e o risco de apagão, além de avaliar os efeitos políticos e econômicos dessa crise.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando abaixo. Para acessar no aplicativo basta se cadastrar gratuitamente.
Ouça o episódio:
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Maurício Meireles e Bruno Boghossian, com produção de Laila Mouallem e Victor Lacombe. A edição de som é de Thomé Granemann.
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