E se a resposta para muitos problemas psíquicos e emocionais estiver em sessões terapêuticas com o uso de drogas psicodélicas, como LSD, psilocibina (ingrediente ativo dos cogumelos mágicos), MDMA, ayahuasca e veneno de sapo?
Este é o tema do segundo episódio do Pensando O Bem, podcast da Folha que discute modismos e novos comportamentos coletivos.
Ouça o episódio:
A pesquisa científica com psicodélicos teve um renascimento importante neste século, depois de ter sido completamente interrompida nos anos 1970, depois da proibição do uso de LSD, droga ligada à contracultura norte-americana. Alguns anos mais tarde, o MDMA, que também estava sendo usado em pesquisas terapêuticas, foi proibido.
Nos anos 2000, começaram a surgir novos estudos ligando o uso de psicodélicos ao tratamento de problemas psíquicos e emocionais, como o estresse pós-traumático, muito comum em veteranos de guerra, além de alcoolismo, dependência química e depressão.
O Brasil tem um papel de destaque nesse ambiente. O uso legalizado da ayahuasca por religiões brasileiras como Santo Daime, Barquinha e União do Vegetal facilitou o acesso de pesquisadores ao produto.
Com a demanda cada vez maior por maneiras de cuidar das nossas emoções e das nossas mentes, a ciência dos psicodélicos parece ser uma grande aliada.
Participam deste episódio o neurocientista Sidarta Ribeiro, que também é biólogo, escritor e faz pesquisas com drogas psicodélicas no Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte; o repórter da Folha Marcelo Leite, autor do livro "Psiconautas"; e a terapeuta sonora Patricia Diogo, que relata uma sessão de terapia com LSD.
O Pensando O Bem tem pesquisa, texto e reportagens de Teté Ribeiro, Claudia Lima e Greice Costa. A edição de som é de Natália Silva.
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