Como você se refere ao órgão sexual das mulheres? Se a dúvida começa aí, dá para imaginar o quanto de ignorância rodeia esse assunto. No episódio desta segunda-feira (6), o podcast Pensando o Bem trata do que se faz por aí para melhorar a relação das mulheres com essa parte do corpo.
Ouça o episódio:
Voltando aos nomes: vulva é a parte externa, composta por grandes lábios, pequenos lábios, clitóris e abertura da vagina. Essa, por sua vez, é a parte de dentro do órgão, que vai até o colo do útero. Ou seja, o que a gente vê, é vulva. Mas, por algum motivo, vagina virou quase um termo técnico para o órgão sexual feminino.
Mas são muitos os nomes usados no dia a dia. Vulva não é lá uma palavra muito sexy.... vagina também não. O que dizer, então, de periquita? Pepeca? Xoxota? Boceta?
Enquanto um nome à altura de tudo o que essa parte mágica do corpo proporciona não é criado, terapeutas, ginecologistas, influenciadores de saúde e bem-estar, artistas, pessoas bem-intencionadas, mal-intencionadas e mais um monte de gente por aí começou a dar uma atenção nunca antes vista à vulvagina, vamos dizer assim.
A cantora Erykah Badu lançou um incenso com o cheiro de sua "pussy", nome fofo em inglês para a vulva. Foi um estouro de vendas. Assim como a vela que também tinha esse cheiro, mas baseado na vulva de Gwyneth Paltrow, e lançada uns anos atrás pelo site que ela comanda, o Goop.
No episódio, a cantora paraense Gaby Amarantos, que fez uma música em homenagem à xana, conta que faz questão de marcar essa parte do corpo no biquíni, sem vergonha alguma.
Participa ainda o ginecologista e obstetra Dani Ejzenberg, que vê o aumento da procura de tratamentos de beleza e rejuvenescimento da vulva com muito otimismo. Segundo ele, isso significa que a vida sexual das mulheres está sendo prolongada.
A terapeuta Kimberly Ann Johnson, uma californiana que morou muito tempo no Brasil, conta ao Pensando o Bem que criou uma técnica de massagem para vaginas traumatizadas, seja pelo parto ou por nunca terem sido tratadas com o devido respeito.
O podcast tem pesquisa, texto e reportagens de Teté Ribeiro, Claudia Lima e Greice Costa. A edição de som é de Natália Silva.
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