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Por que Bolsonaro e sua turma da Cultura ironizam artistas durante campanha

Expresso Ilustrada entrevista o especialista Fabio Malini, que explica qual o peso do campo do entretenimento nas redes hoje

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São Paulo

Em novembro do ano passado, Jair Bolsonaro foi questionado por um apoiador sobre a qualidade da educação no Brasil. O presidente respondeu que gostaria de "uma educação moral e cívica nas escolas" –e ironizou duas famosas como exemplo de pessoas que, para ele, não sabem nada.

Mesmo sem citar nomes, a cantora Anitta percebeu que o presidente se referia a ela, que se pronunciou nas redes. "Eu e mais da metade dos brasileiros não sabem quais são os três poderes, não sabem o dever, por exemplo, do senhor, que, ao invés de estar preocupado com o que eu estou fazendo da minha vida, devia estar cuidando do país, não é mesmo?", respondeu a artista nas redes sociais.

Quem olhou as redes sociais nos últimos meses sabe que a provocação do presidente não foi caso isolado. Essa estratégia de ironizar artistas e entrar para a discussão do campo do entretenimento tem sido usada por Bolsonaro e apoiadores que devem concorrer na próxima eleição.

É o caso de nomes que fizeram parte do núcleo duro da Cultura do governo, formado pelo ex-secretário especial de Cultura Mario Frias, André Porciúncula, que foi número dois do ex-Malhação na Secretaria, e de Sergio Camargo, que comandava a Fundação Palmares.

Só Frias já criticou Anitta, Mark Ruffalo, Dira Paes, Paolla Oliveira, Taís Araújo, Lázaro Ramos, Gilberto Gil, Daniela Mercury e José Padilha nessa pré-campanha eleitoral. Os três pré-candidatos também já atacavam a classe artística quando estavam no governo –e agora usam esse discurso como plataforma de campanha.

O Expresso Ilustrada dessa semana discute qual o peso do universo das celebridades, influenciadoras e fofoca nas redes sociais e como ele impacta a postura de Bolsonaro e da turma da Cultura da gestão dele, principalmente no Twitter.

Para isso, o episódio conversa com Fabio Malini, coordenador do Laboratório de Estudos Sobre Imagem e Cibercultura da Universidade Federal do Espírito Santo.

Com novos episódios todas as quintas, às 16h, o Expresso Ilustrada discute música, cinema, literatura, moda, teatro, artes plásticas e televisão. A edição de som é de Laila Mouallem. A apresentação é de Marina Lourenço e Carolina Moraes, que assina o roteiro.

O PODCAST ESTÁ DISPONÍVEL EM TODAS AS PLATAFORMAS DE STREAMING. AQUI ESTÃO ALGUMAS DELAS:

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