O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve prestar depoimento nesta terça (16) à Polícia Federal, sobre a suposta fraude em dados do cartão de vacinação dele e de auxiliares. Na quinta (18), será a vez do ex-ajudante de ordens Mauro Cid ser ouvido.
A fala do tenente-coronel, que na semana passada trocou de advogado —substituindo Rodrigo Roca, que também atuou na defesa de Flávio Bolsonaro—, pode ajudar a esclarecer qual vai ser a estratégia de defesa dele. Há a expectativa sobre se o ex-ajudante de ordens, uma espécie de sombra do então presidente durante todo o mandato, assumiria sozinho a culpa pelo suposto esquema.
Informações de Cid têm contribuído para frentes de investigação da PF desde 2021, quando ele teve a quebra de sigilo telemático determinada no inquérito que investiga o vazamento de informações sobre um ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral. As operações são autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
Uma das apurações derivadas das quebras de sigilo deu origem à operação que levou Cid à prisão —a que investiga o esquema dos cartões de vacinação. Outra trata da preparação de investidas golpistas. E a terceira apura uma suspeita de desvio de dinheiro da Presidência, que envolveria benefícios à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
O Café da Manhã desta terça (16) conta o que a análise dos celulares de ex-assessores de Bolsonaro mostrou e ainda pode mostrar e discute o peso de Mauro Cid nas investigações que envolvem o ex-presidente. O repórter da Folha em Brasília Fábio Serapião explica os impactos da devassa de Moraes no antigo gabinete presidencial.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon, com produção de Laila Mouallem e Priscila Camazano. A edição de som é de Thomé Granemann.
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