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Apoio a ex-tucano Gustavo Fruet divide PT em Curitiba
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JEAN-PHILIP STRUCK
DE CURITIBA
A costura de uma aliança entre PT e o ex-deputado federal pelo PSDB Gustavo Fruet, hoje no PDT, está provocando um racha entre os petistas de Curitiba.
De um lado estão os defensores de uma candidatura própria à prefeitura. De outro, o grupo favorável à aliança com Fruet, que foi sub-relator da CPI dos Correios e crítico feroz do PT durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), período em que foi deputado federal.
A disputa entre os petistas de Curitiba se acirrou nesta semana após a divulgação, na internet, de acusações de suposta compra de votos de filiados pela ala pró-Fruet.
Reagindo às acusações, um grupo de 13 petistas partidários da aliança com o PDT divulgou nota de repúdio ao que chamou de 'forma destrutiva" com que militantes defendem "sua visão de organização partidária".
O apoio a Fruet é arquitetado pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e por sua mulher, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.
A ala contrária é liderada por dois petistas conhecidos no Paraná e que tentam lançar seus nomes para a prefeitura. Um é o deputado federal Dr. Rosinha. O outro, o deputado estadual Tadeu Veneri.
Para Rosinha, o PT local tem cacife para ter candidatura própria. "Estão querendo colocar o partido como coadjuvante."
O deputado Veneri afirma que o passado antipetista de Fruet dificulta a aliança. "Até agora não vi ele renegar opiniões e posturas que foram contra as teses do partido."
Na ala favorável a Fruet, o presidente estadual da legenda, o deputado estadual Enio Verri, afirma que o apoio ao ex-tucano é coerente com um plano para 2014, quando o PT pretende lançar a candidatura da ministra Hoffmann ao governo do Paraná.
Verri também diz que a sigla planeja até que o ex-presidente Lula participe de comícios em Curitiba ao lado de Fruet.
A disputa entre as alas só vai ser resolvida no dia 27, quando 300 delegados vão optar pela aliança ou pela candidatura própria.
O deputado Veneri afirma que, mesmo se a aliança for aprovada e Fruet seja eleito, o convívio será "conflituoso". "Se ele continuasse no PSDB a gente iria apoiá-lo?", questionou.
Fruet afirmou que prefere não comentar as críticas dos petistas e que não vai interferir nas escolhas do partido. Disse que sempre foi "aberto" em sua atuação na Câmara, e que também combateu aliados.
O ex-deputado deixou o PSDB em julho do ano passado, quando o tucano e governador do Paraná, Beto Richa, não apoiou sua candidatura a prefeito, preferindo apostar na reeleição do seu apadrinhado e atual prefeito, Luciano Ducci (PSB).
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