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Bens de ex-presidente da Câmara de Curitiba são bloqueados
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JEAN-PHILIP STRUCK
DE CURITIBA
A Justiça do Paraná determinou na quarta-feira (18) a indisponibilidade dos bens do ex-presidente da Câmara Municipal de Curitiba João Cláudio Derosso (PSDB). O bloqueio atinge R$ 1,6 milhão em bens do vereador, que é suspeito de participação em um esquema de contratação de cinco funcionários fantasmas que custou R$ 2,5 milhões para os cofres públicos entre 1997 e 2007.
Também foram bloqueados cerca de R$ 6,5 milhões em bens do ex-vereador Ehden Abib e R$ 2,7 milhões do servidor público João Leal de Matos.
O bloqueio atende a um pedido do Ministério Público do Paraná, que além de pedir a devolução dos R$ 2,5 milhões quer a condenação dos três suspeitos por ato de improbidade administrativa. A parte que a Promotoria quer que Derosso devolva passa de R$ 545 mil. Corrigido, o valor total a ser devolvido pelos três, somado à multa prevista nesses casos, pode passar de R$ 11 milhões.
Durante as investigações do caso, a Promotoria descobriu que quatro dos cinco funcionários fantasmas não sabiam que seus nomes haviam sido usados em contratações na Câmara. Já o servidor João Leal de Matos ficou lotado no gabinete do ex-vereador Ehden Abib por sete anos, enquanto acumulava um cargo na Assembleia Legislativa do Paraná, o que é proibido.
Ehden Abib é irmão do ex-diretor da Assembleia Abib Miguel, o Bibinho, que comandou a diretoria do legislativo paranaense por 20 anos. Atualmente Bibinho está preso por suspeita de liderar um esquema que desviou R$ 100 milhões por meio de funcionários fantasmas.
Já Derosso é suspeito de ter assinado a contratação dos servidores da Câmara sabendo das irregularidades. O bloqueio não atinge o salário de Derosso, que continuou a ser vereador depois de renunciar à presidência da Câmara, em março.
DENÚNCIAS
Derosso comandou a Câmara de Curitiba por mais de 14 anos. Em julho do ano passado, seu poder foi abalado após o jornal curitibano "Gazeta do Povo" revelar que a empresa que pertence a sua mulher tinha sido a vencedora de um contrato de serviços de publicidade para a Câmara no valor de R$ R$ 5,1 milhões.
Nos meses seguintes, Derosso se afastou do cargo enquanto novas acusações eram feitas na imprensa. Derosso finalmente renunciou ao cargo no dia 12 de março, quando começou a ser abandonado por colegas do seu partido.
A reportagem tentou entrar em contato com Derosso por meio do seu gabinete, mas foi informada que ele só poderia falar sobre o caso à tarde.
O ex-vereador Ehden Abib não foi localizado pela reportagem.
Já o funcionário público João Leal de Matos é considerado foragido pela Justiça, que emitiu um mandado de prisão contra ele. O servidor responde a três ações por suspeita de contratação irregular de parentes e de ser o "operador" do esquema de desvios supostamente comandado por Abib Miguel na Assembleia Legislativa.
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