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Chalita diz que votou por mudança no Código Florestal por obediência ao PMDB
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RODRIGO VIZEU
DE SÃO PAULO
O deputado federal Gabriel Chalita (PMDB), pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, disse que votou a favor da reforma do Código Florestal, que fragiliza as leis ambientais, para seguir a orientação de seu partido, embora discordasse de pontos do texto.
"[Votei a favor] Por ser do PMDB. Eu discordo de algumas coisas de lá, eu debati sobre isso no PMDB", disse. "Na verdade o PMDB fechou questão em relação ao código, vamos ver o que vai acontecer ainda, porque tiraram artigos importantes do código. Tem uma série de pontos que estão ausentes ali."
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Chalita disse que acredita em "chegar num meio termo depois". O projeto seguiu para sanção da presidente Dilma Rousseff.
Questionado sobre deputados do PMDB que votaram contra as mudanças apesar da orientação do partido, Chalita afirmou: "Eu não sei, eu vi que que o PMDB fechou questão. Nas outras partes da votação eu nem estava no plenário".
O pré-candidato promoveu evento sobre ambiente com militantes um dia após votar pelas mudanças no código.
Amigo de Chalita, o ex-deputado Fábio Feldmann, ex-PV, que participou do debate, disse que o PMDB "é o grande responsável pela derrota" dos ambientalistas na votação. Sobre a participação de Chalita na decisão, afirmou: "Quando a decisão é da liderança, é difícil o sujeito não seguir o partido".
INSPEÇÃO VEICULAR
Embora tenha dito que ainda estuda sua posição sobre a inspeção veicular em São Paulo, o deputado defendeu o serviço, acrescentando que o valor cobrado pode ser discutido. "Sou favorável à inspeção veicular. Acho que, se tem inspeção, você tem que cobrar pelo serviço, agora você pode discutir o quanto cobra", disse.
Chalita disse ainda ser contrário à criação de taxas relacionadas ao ambiente, como de lixo e pedágio urbano.
TERCEIRA VIA
Chalita também se opôs a à proposta dos pré-candidatos Celso Russomanno (PRB) e Netinho de Paula (PC do B) de formar um bloco único de "terceira via" em São Paulo, contra a polarização entre o PT de Fernando Haddad e o PSDB de José Serra.
A idéia de Russomanno e Netinho é definir em junho um nome único do bloco para disputar a eleição com base nas pesquisas de opinião.
"Não tem acordo. A candidatura do PMDB já foi decidida. Não tem lógica nenhuma e você não pode ter um critério desse de pesquisa. É o horário eleitoral que vai definir, não uma pesquisa agora", disse.
O pré-candidato disse que Netinho e Russomanno são bem-vindos a aderir à sua candidatura, mas defendeu que haja muitos candidatos na disputa.
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