Publicidade
Publicidade
Após vitória da bancada ruralista, Planalto evita novas votações
Publicidade
ERICH DECAT
DE BRASÍLIA
Após derrota imposta pela bancada ruralista, integrantes do Palácio do Planalto entraram em campo para impedir a continuação da votação de novas mudanças no texto da MP (Medida Provisória) que altera o Código Florestal.
A audiência prevista para a manhã desta quinta-feira (9) foi cancelada depois de o presidente da comissão mista do Congresso, que trata do tema, deputado Bonh Gass (PT-RS), se reunir no Palácio com a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti.
Ruralistas vencem batalha sobre proteção a margens de rios temporários
O encontro ocorreu ontem à noite poucas horas depois de integrantes da bancada ruralista conseguirem aprovar na comissão uma medida que acaba com as áreas de proteção permanente nas margens dos rios intermitentes --aqueles que, em períodos de estiagem, desaparecem temporariamente.
Apesar de a votação ter sido apertada (15 a favor e 12 contra) acendeu o sinal de alerta no Palácio do Planalto. O receio era de que outras mudanças na MP consideradas como prejudiciais ao meio ambiente, como a possibilidade da suspensão das multas por desmatamento e a utilização de APPs (área de proteção permanentes) para irrigação também fossem votadas na comissão no dia de hoje.
Uma nova audiência está prevista somente para o próximo dia 28 de agosto.
"Vamos usar todo o tempo possível para fazer o debate. A votação de ontem de não preservar os rios intermitentes acaba com a maioria dos rios da região Centro-Oeste para cima. Foi o limite para nós pararmos e reavaliarmos", disse à Folha Bohn Gass.
"O governo se mete muito no Legislativo. Está certo que eles contam com áreas técnicas que podem ajudar mas quem tem a prerrogativa de fazer a lei é o parlamento", afirmou o deputado Giovanni Queiroz (PDT-PA) autor da proposta que acaba com as áreas de proteção permanente nas margens dos rios intermitentes.
Alguns congressistas não descartam, no entanto, um esvaziamento da próxima reunião uma vez que na semana do dia 28 apenas os senadores estão convocados oficialmente para votarem proposta no plenário da Casa. O chamado esforço concentrado não ocorrerá na Câmara no mesmo período.
A MP perde validade no próximo dia 8 de outubro. Dentro do cronograma de integrantes da comissão, após passar pelo colegiado, a MP teria apenas uma semana para ser discutida na Câmara e outra no Senado antes de ela "caducar", ou seja, perder o efeito em razão do prazo final para ela ser votada.
Integrante da comissão, o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), não descarta a manobra de deixar a MP caducar como forma de evitar novas perdas para o governo.
"Entre deixar cair a MP e aprovar um texto que pode ser prejudicial ao meio ambiente, é melhor deixar a proposta perder a validade", afirmou.
+ Canais
+ Notícias em Poder
+ Livraria
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice