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'São Paulo não vai aceitar o ódio', diz Haddad sobre 'kit-gay'
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DIÓGENES CAMPANHA
DE SÃO PAULO
O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, comentou nesta terça-feira (21) o pedido de explicações que o TCU (Tribunal de Contas da União) fez ao MEC (Ministério da Educação) sobre um suposto prejuízo de R$ 800 mil da pasta com a suspensão da distribuição do "kit anti-homofobia".
O petista afirmou que os esclarecimentos serão dados pela pasta, comandada por ele até janeiro deste ano.
TCU cobra MEC por gasto com 'kit gay'
Após críticas a 'kit gay', Haddad defende respeito à diversidade
"Não é verdade [que o TCU esteja questionando o kit]. Ele está pedindo esclarecimentos sobre como foi usado o material na formação de professores. O Ministério da Educação vai esclarecer", disse em entrevista após uma caminhada na zona norte.
Gabo Morales/Folhapress |
O candidato do PT a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad |
A Folha revelou nesta terça que o TCU cobra do MEC explicações sobre as razões técnicas para o arquivamento do material e informe qual autoridade havia autorizado a produção do kit, que continha vídeos e um guia para professores abordarem a diversidade sexual com alunos do ensino médio.
O material foi elaborado na gestão de Haddad no MEC e suspenso por pressão de grupos religiosos, que o apelidaram de "kit-gay".
Questionado sobre a possível utilização do tema para prejudicá-lo na campanha eleitoral, o candidato afirmou que São Paulo não vai aceitar a promoção do preconceito.
"A cidade de São Paulo não vai aceitar de jeito nenhum que o ódio seja fomentado na nossa cidade, seja contra o que for, contra o negro, a mulher, a comunidade GLBT. A cidade não aceita violência. Aquele que quiser promover a violência e a divisão da sociedade vai se arrepender. A sociedade, em 2010, já recusou esse tipo de abordagem. Fará de novo em 2012", disse Haddad.
POLÊMICAS
Na campanha presidencial de 2010, temas como aborto e união entre homossexuais foram abordados na corrida eleitoral. Panfletos contra a então candidata Dilma Rousseff (PT) foram distribuídos em igrejas.
Na internet, circulou material ligando a petista ao casamento gay e à liberação do aborto. O adversário dela no segundo turno era José Serra, hoje candidato do PSDB à prefeitura.
Neste ano, Haddad já declarou que o PSDB se uniu "aos setores mais obscurantistas da sociedade" em 2010 e que um dos objetivos de sua candidatura seria combater o "obscurantismo".
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