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01/09/2012 - 13h59

Aécio usa mensalão para rebater ataque de Lula

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PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE

O senador Aécio Neves (PSDB) usou o julgamento do mensalão, em andamento no STF (Supremo Tribunal Federal), para rebater neste sábado (1º) aos ataques do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a seus afilhados políticos em Minas Gerais.

Segundo Aécio, o PT "tem muita dificuldade de separar o que é público do que é privado" e "se apropria das empresas públicas".

Como argumento, ele citou a decisão do STF em relação ao primeiro bloco do julgamento do mensalão, que entendeu que recursos do Banco do Brasil foram usados para abastecer o esquema de compra de apoio político no Congresso.

Aécio disse que estava "feliz" em ver que Lula, de quem se diz amigo, se recuperou do câncer na laringe. No entanto, disse que a ausência do ex-presidente por muito tempo o deixou "desinformado".

O tucano deu entrevista durante caminhada em avenida de Belo Horizonte num evento de campanha do prefeito e candidato à reeleição Márcio Lacerda (PSB), de quem é o principal cabo eleitoral.

Na noite desta sexta-feira (31), durante comício do candidato do PT à Prefeitura de BH, Patrus Ananias, Lula havia afirmado que o governo mineiro --comandado por Antonio Anastasia do PSDB-- não põe dinheiro na Prefeitura de Belo Horizonte porque está "quebrado, mas não diz".

Segundo Lula, Lacerda, ex-aliado do PT, só consegue fazer as obras com recursos do governo federal. Disse ainda que Lacerda só é prefeito "por causa do PT".

Sobre a aliança, Aécio disse que o PSDB se manteve ao lado de Lacerda e o PT é quem tem de explicar por que saiu da aliança.

Em relação à dependência financeira da União citada por Lula, o tucano disse que o PT se equivoca ao analisar investimentos: "O PT trata os recursos públicos como se fossem seus [...], são impostos que todos nós aqui pagamos".

Segundo ele, é papel do governo federal fazer parcerias com o Estado.

"Mas o PT se apropria das empresas públicas, como fez em relação ao Banco do Brasil. Uma vergonha, uma instituição secular, símbolo do Brasil, utilizada de forma, como comprovado pelo STF, para atender interesses do partido", disse.

"Esse é um problema grave do PT, ele tem muita dificuldade de separar o que é público do que é privado", acrescentou o senador.

Ao lado de Aécio, Lacerda, por sua vez, disse que o dinheiro da Caixa Econômica Federal e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Socias) são empréstimos tomados pelo município e não são dinheiro do governo. O prefeito disse ainda que o PAC é um programa aprovado pelo Congresso.

MILITÂNCIA PETISTA

O comício de Patrus com a presença de Lula --o primeiro depois do tratamento do câncer-- teve o propósito de empolgar a militância petista. Segundo o Datafolha, Patrus está 16 pontos atrás de Lacerda, que lidera.

Na manhã deste sábado, Patrus comentou o comício da noite passada. "Certamente vai ter desdobramentos na nossa militância", disse o candidato.

Segundo Patrus, ao deixar BH, Lula disse a ele: "Põe o pé no acelerador que a gente vai ganhar essa eleição".

 

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