Análise: Reação do PT na reta final da eleição continua modesta

A esperada reação, propagada pelo PT, na reta final das eleições de prefeitos ainda é mais modesta do que o partido esperava. Nas sete capitais pesquisadas pelo Datafolha, há algum alento ainda em São Paulo e Belo Horizonte. Em Fortaleza, um petista deve ir ao segundo turno. E só.

O PT pode se considerar vitorioso no Rio em termos, pois apoia a reeleição do atual prefeito, Eduardo Paes, do PMDB. Trata-se de um sucesso pela metade, pois o partido continua frágil em território fluminense.

Em Curitiba (PR), a sigla de Lula bancou o candidato do PDT, Gustavo Fruet, que está quase fora da disputa, amargando um estável terceiro lugar.

Em Porto Alegre, o petista Villa não está com desempenho para ir ao segundo turno: tem apenas 6%. Em Recife ocorre a maior debacle do PT: depois de sair disparado na frente, o representante da sigla, Humberto Costa, deve ficar só em terceiro lugar ""está com 11% no Datafolha.

A direção do PT havia apostado em sua militância e numa eventual reação nesta última semana de campanha. Embora o partido tenha ainda tecnicamente chance de prosperar, nenhuma disputa é dada como vitória certa.

Mesmo em Fortaleza, onde o petista Elmano lidera com 27%, o adversário direto é Roberto Claudio, do PSB, apoiado pelos irmãos Cid (governador do Ceará) e Ciro Gomes (ex-governador). Não será uma disputa fácil.

Em São Paulo, Fernando Haddad, escolha pessoal de Lula, ostenta a pior marca (19%) de um petista a esta altura em uma campanha para prefeito paulistano.

Em Belo Horizonte, a vitória do PT será levar a disputa para o segundo turno. Mas o petista Patrus Ananias está com 40% dos votos válidos contra 54% de Márcio Lacerda (PSB), o atual prefeito.

Um segundo turno na capital mineira seria a principal disputa em relevância política no país. De um lado estará Lacerda, com o apoio do senador Aécio Neves (PSDB). Do outro, Patrus, com Dilma. Aécio e Dilma devem se enfrentar na corrida presidencial de 2014.