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29/10/2012 - 03h20

Dilma prepara sua reforma ministerial 'em doses'

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VALDO CRUZ
DE BRASÍLIA

Encerrada a eleição municipal, a presidente Dilma vai fazer ajustes na sua equipe ministerial visando reforçar sua base aliada no Congresso para a reeleição em 2014.

Segundo assessores, ela ainda não fixou data para promover as mudanças e não fará uma grande reforma ministerial. "Será no estilo Dilma, em doses e de forma pontual", diz um auxiliar.

Os ajustes terão como base o resultado da eleição municipal, da qual o PMDB sai como o "aliado confiável" e merecedor de "recompensas", enquanto o PSB termina a disputa como "um aliado mais distante" e que não ganhará nem perderá espaço no governo federal.

O PSD do prefeito Gilberto Kassab (SP) ganhará um ministério para integrar oficialmente a base aliada no Congresso e garantir a aprovação de medidas consideradas essenciais, como a medida provisória do setor elétrico.

O PMDB sonha em ganhar mais um ministério --tem cinco atualmente--, mas vai trabalhar mesmo é para ter uma pasta mais "robusta", com maior poder político na distribuição de verbas públicas.

O alvo peemedebista é o Ministério das Cidades, hoje na cota do PP. A princípio a presidente não tem intenção de afastar o ministro Agnaldo Ribeiro da Esplanada.

Um assessor lembra que o Planalto precisa aguardar as negociações que podem levar a uma fusão entre PSD e PP.

O vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) pretende indicar para uma vaga na equipe de Dilma o deputado Gabriel Chalita, candidato derrotado do partido que apoiou Fernando Haddad no segundo turno en São Paulo.

A presidente não definiu o que vai oferecer ao PMDB, mas já optou pelo partido como seu aliado preferencial para a reeleição, principalmente para fazer frente ao crescimento do PSB do governador Eduardo Campos (PE).

Um assessor lembra que Dilma já se comprometeu a apoiar a eleição de peemedebistas para presidir o Senado e a Câmara em 2013.

NOMES DO PSD

No PSD, três nomes são citados como ministeriáveis. Um é o atual prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Mas o governo prefere outros dois: a senadora Kátia Abreu (TO) ou o presidente do partido em Minas Gerais, Paulo Safady Simão --ambos com boa relação com a presidente.

Sobre o PSB, Dilma considera que, apesar de o partido ter se distanciado do PT na eleição municipal, não pode abrir mão da legenda como sua aliada no Congresso.

O Planalto trabalha com a hipótese de o principal líder do PSB, Eduardo Campos, ser candidato a presidente em 2014. Só que, até agora, ele ainda não tomou uma decisão. Por isso, a estratégia é não romper com o partido.

Dilma deve aproveitar ainda para fazer trocas em áreas tocadas por técnicos, mas com avaliação não muito positiva. Paulo Sérgio Passos deve sair do Ministério dos Transportes, que pode ser oferecido ao PMDB --que não quer a pasta por avaliar que ela perdeu poder político.

 

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