Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
30/10/2012 - 04h30

Mesário que mandou revisor 'abraçar Dirceu' se desculpa

Publicidade

MÔNICA BERGAMO
COLUNISTA DA FOLHA

O mesário que hostilizou o ministro Ricardo Lewandowski no domingo, quando votou nas eleições municipais, enviou uma carta a ele pedindo "perdão".

A informação é do gabinete do próprio magistrado, que concordou em divulgar trechos da correspondência para a Folha.

Até mesário hostiliza Lewandowski em seção eleitoral de SP

Mastrangelo Reino - 28.out.2012/Folhapress
O ministro do Supremo Tribuna Federal Ricardo Lewandowski, no momento em que chegava para votar na zona sul de SP
O ministro do Supremo Tribuna Federal Ricardo Lewandowski, no momento em que chegava para votar

Lewandowski decidiu, no entanto, omitir o nome do mesário, para preservá-lo.

No domingo, o rapaz, que é publicitário, chamou o ministro de "Liberandowski" e perguntou se ele já tinha dado "um abraço" em José Dirceu, um dos réus que ele absolveu no mensalão. Depois, se negou a dar seu nome aos repórteres.

Ontem, foi até a casa do ministro para pedir desculpas e entregar a carta. Disse ter conseguido o endereço depois de consultar o cadastro da Justiça Eleitoral.

Lewandowski não estava na casa. O gabinete dele informa que a segurança que protege o imóvel checou os dados do jovem e confirmou que ele era mesário da seção em que o ministro vota.

Num primeiro momento, o magistrado se assustou. Ontem, concordou em divulgar parte da mensagem.

"Venho por meio desta carta pedir perdão pelo meu comportamento no dia de 28/10/2012, segundo turno das eleições para prefeito da cidade de São Paulo. Estou profundamente arrependido de ter ofendido, sei que o senhor está muito bravo tanto pelo ocorrido como também pela repercussão que tal episódio gerou", escreveu.

Em seguida, culpou a imprensa. "Fui manipulado pelos repórteres que ali estavam a comentar algo, e de ato não pensado, infelizmente, acabei soltando o que não devia."

O jovem, segundo os trechos divulgados pelo gabinete, elogiou o ministro.

"Sou profundo admirador do seu trabalho, reconheço que as pessoas que ali estavam, estavam de toda forma erradas, e que eu, principalmente, fugi de minha razão quando faltei com o devido respeito, mesmo que manipulado de certa forma, eu agi da pior maneira, sem querer, insultando não somente um cidadão de bem, mas também um ministro do Superior (sic) Tribunal Federal."

APELIDO

Ele desmente a informação de que chamou Lewandowski de "Liberandowski".

"Gostaria de esclarecer que não gerei nenhum apelido para o senhor como é mencionado em um site, e isto o senhor presenciou. Eu apenas deixei que a má influência dos jornalistas causasse sobre mim a ação que gerou tal fato. Tal frase nunca sairia de minha pessoa, se fosse de fato pensado por mim."

Na despedida, afirmou que gostaria de ser amigo do ministro. "Sinceramente, perdão pelo ocorrido, farei o necessário para que possamos ficar em paz, se o senhor aceitar, amigos."

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página