Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
30/10/2012 - 20h23

Reunião sobre prorrogação da CPI do Cachoeira termina sem acordo

Publicidade

DE BRASÍLIA

Terminou sem acordo nesta terça (30) a reunião da CPI do Cachoeira que definiria a prorrogação de seus trabalhos. O prazo final para o encerramento da CPI é no domingo (4).

Os governistas defenderam esticar o prazo da comissão por mais 48 dias, tempo que serviria apenas para votar o relatório final. A oposição é contra e trabalha para esticar os trabalhos por mais 180 dias, período em que seria possível aprofundar as investigações.

Governistas querem prorrogar CPI do Cachoeira só para votar relatório final
Integrantes da CPI do Cachoeira se reúnem hoje para definir prorrogação
Esquema de Cachoeira movimentou mais de R$ 84 bi, diz relator da CPI
CPI do Cachoeira no Congresso vai prorrogar os trabalhos, mas não define novo prazo

Em minoria no Congresso, a oposição vai tentar coletar até esta quarta-feira 171 assinaturas na Câmara e 27 no Senado para prorrogar a CPI por mais seis meses.

Eles já têm o apoio de 114 deputados e 37 senadores para isso. Em outra frente, os governistas, que tem maioria, vão também buscar apoio. Se o requerimento de prorrogação não for protocolado até domingo, a CPI será encerrada automaticamente sem votação do relatório final.

Pela proposta dos governistas, a CPI será prorrogada apenas para a votação do relatório final. Não tomará nenhuma medida adicional para aprofundar as investigações sobre destino do dinheiro desviado pelo esquema do empresário Carlinhos Cachoeira, preso desde fevereiro por comandar um esquema de jogo ilegal e corrupção de agentes públicos.

Com isso, os mais de 500 requerimentos de quebra de sigilo bancário e fiscal e de convocação seriam arquivados --entre eles o que pede a quebra de sigilo de empresas controladas por Adir Assad que receberam de maneira suspeita milhões da empreiteira Delta, da qual Cachoeira era sócio oculto, segundo a Polícia Federal.

"É dinheiro de caixa dois de campanha que não vamos investigar", criticou o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR). Assad nega irregularidades.

O PT defendeu que no período de sobrevida da CPI fosse aprovado apenas um requerimento convocando o jornalista Policarpo Júnior, da revista "Veja" em Brasília, que tinha Cachoeira como fonte e aparece em gravações da PF. Mas a maioria dos partidos foi contra a proposta do PT, que, isolado, desistiu da iniciativa.

A "Veja" nega a suspeita de petistas de que o jornalista obteve informações de maneira ilegal com o empresário.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página