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10/11/2012 - 05h30

Livro vê complô contra ex-governadora gaúcha

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FELIPE BÄCHTOLD
DE PORTO ALEGRE

A ex-governadora tucana Yeda Crusius faz uma turnê pelo Rio Grande do Sul divulgando livro que atribui a uma "conspiração política" os escândalos que marcaram sua gestão no Estado.

"Cabo de Guerra", escrito pelo jornalista Políbio Braga, cita bastidores do governo Yeda (2007-2010) e acusa a oposição de tentar derrubá-la com armações e uso político da Polícia Federal. PT, PSOL e a mídia são chamados de "eixo do mal".

A ex-governadora e Braga já lançaram a obra em cinco cidades gaúchas e pretendem promovê-la em capitais pelo país. Yeda, 68, diz que só contribuiu para o livro com entrevistas.

"Não existe um projeto comum do Políbio e meu, a não ser divulgar a verdade. Eu, como personagem central, paguei muito caro", afirma Yeda, que se diz vítima de uma "era dos escândalos".

Braga, 71, diz que Yeda participa de eventos de lançamento por ser "protagonista" da obra. O jornalista é filiado ao PMDB, mas diz que não exerce atividades partidárias.

No livro, ele relata que Yeda viajou para São Paulo em 2009 por temer por sua segurança no Rio Grande do Sul.

Na época, um sindicato havia protestado em frente à casa dela, em Porto Alegre, e bloqueado a saída do local.

A governadora resistiu a uma tentativa de impeachment na Assembleia e foi incluída em uma ação na Justiça Federal sobre supostos desvios de R$ 44 milhões do Detran gaúcho.

O hoje governador Tarso Genro (PT) era ministro da Justiça quando a PF deflagrou a operação sobre as suspeitas de irregularidades no órgão de trânsito.

Yeda acabou excluída da ação, que ainda tramita na Justiça. Mas o governo do PSDB no Rio Grande do Sul até hoje é lembrado por petistas de todo o país ao rebater críticas sobre o mensalão.

ELEIÇÕES

A tucana perdeu a reeleição há dois anos e teve um período sabático em 2011. Neste ano, voltou à ativa na campanha municipal, mas não se deu bem.

Seu afilhado político rachou o partido em Porto Alegre e acabou levando só 2,5% dos votos para prefeito. A filha, Tarsila Crusius, concorreu à Câmara Municipal, mas também não se elegeu.

A assessoria de Tarso diz que ele desconhece o livro.

 

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