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29/11/2012 - 04h10

Construtoras foram as maiores doadoras de campanha

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PAULO GAMA
DE SÃO PAULO

Nas eleições municipais, 739 empresas ou pessoas fizeram doações às direções nacionais dos partidos. Sozinhas, três construtoras respondem por quase um quarto do total investido.

Juntas, as empreiteiras Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e Camargo Corrêa investiram R$ 151,7 milhões dos R$ 637,3 recebidos pelas siglas.

Campanha de Haddad tem dívida de R$ 26 milhões

Esses recursos, que representam a maior fatia do financiamento eleitoral, são usados pelos partidos para abastecer as campanhas de seus candidatos pelo país --procedimento conhecido como doação oculta. Como há a intermediação da sigla, fica impossível estabelecer relação entre doador e candidato.

PT, PMDB e PSDB --partidos que mais elegeram prefeitos em outubro-- foram os principais beneficiados pelo grupo das empreiteiras: ficaram com R$ 100 milhões.

Considerando todas as doações, o cenário é semelhante: as direções nacionais das três siglas receberam R$ 383 milhões. Quem mais arrecadou foi o PT: R$ 177 milhões.

Os partidos repassaram recursos para 1.153 candidatos -- o PT transmitiu doações a 436 candidatos, o PMDB, a 309, e o PSDB a 408.

As campanhas em São Paulo foram as principais beneficiadas. Fernando Haddad, eleito na capital paulista, foi o segundo petista que mais recebeu do PT nacional: R$ 13,7 milhões, atrás apenas de Patrus Ananias. Derrotado em Belo Horizonte, ele declarou ter recebido R$ 14,1 milhões da direção nacional.

Ed. de arte/Folhapress

O adversário de Haddad no segundo turno da disputa paulistana, José Serra, foi o tucano que mais conseguiu recursos da direção nacional do PSDB: R$ 12,6 milhões. Gabriel Chalita, quarto lugar na disputa, ficou com R$ 10,2 milhões, maior valor repassado pelo PMDB a um candidato.

Mas não só candidatos do próprio partido receberam das direções. O PT, por exemplo, investiu em aliados de PMDB, PSB, PC do B e PDT.

O PSDB chegou a repassar recursos até para o PT: deu R$ 3.000 para o comitê financeiro do partido em São Thomé das Letras (MG), cidade em que as siglas se aliaram.

As três construtoras que mais doaram pulverizaram o investimento. A Andrade Gutierrez, que lidera a lista com R$ 72,1 milhões, doou a 17 legendas -- principalmente ao PT, que recebeu R$ 18,5 milhões. Até o recém-criado PPL aparece na lista: recebeu R$ 100 mil da construtora.

Uma subsidiária da Vale é a única entre as seis maiores doadoras fora da construção. Doou R$ 29 milhões.

O setor bancário é o segundo mais presente no topo da lista de doadores: Bradesco, BMG e Santander investiram juntos R$ 18 milhões.

 

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