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Retirada de posseiros de terra indígena em MT é marcada por confronto
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DANIEL CARVALHO
DE SÃO PAULO
Posseiros e policiais entraram em confronto nesta segunda-feira (10) no primeiro dia da ação de retirada das famílias que ocupam a terra indígena Marãiwatsédé, no nordeste de Mato Grosso.
A desocupação da área, determinada pela Justiça Federal, está sendo cumprida pelas Polícias Federal e Rodoviária Federal e Força Nacional de Segurança Pública.
Famílias protestam contra despejo de terra indígena em Mato Grosso
Reprodução/Youtube - tvaraguaia |
Reprodução de vídeo mostra confronto com força nacional |
Em uma das propriedades, um agricultor tentou desarmar um soldado da Força Nacional.
Moradores de Posto da Mata, distrito de Alto Boa Vista, relataram à Folha que policiais dispararam balas de borracha e usaram bombas de efeito moral contra posseiros que resistiram.
A Polícia Rodoviária Federal confirmou que houve feridos, mas não soube informar quantos.
O governo federal não divulgou um balanço do primeiro dia da operação, que deve seguir até o dia 17.
Segundo o IBGE, 2.427 pessoas vivem em Marãiwatsédé. A associação local de produtores rurais diz que são 7.000 moradores.
Em outra ação de resistência, houve bloqueio do entroncamento das rodovias BR-158 e MT-242, iniciado há cinco dias. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, houve troca de ameaças entre manifestantes e os cerca de 40 caminhoneiros retidos.
Jarder Patricio Arruda/Folha do Estado | ||
Produtores fazem enterro simbólico em protesto contra despejo em área indígena em Mato Grosso |
A PRF disse que posseiros ameaçaram atear fogo nos caminhões, alguns carregados com animais. Os caminhoneiros teriam revidado com ameaças de morte. Duas posseiras ouvidas pela reportagem negaram a troca de ameaças.
A previsão da Secretaria-Geral da Presidência da República era que os oficiais de Justiça executassem hoje o desalojamento nas maiores propriedades instaladas nos 165 mil hectares da terra indígena, que se estende pelos municípios de Alto Boa Vista, Bom Jesus do Araguaia e São Félix do Araguaia.
Os índios xavantes foram retirados de sua terra na década de 1960 pelo governo militar e os posseiros começaram a chegar em 1992.
Até o final da semana passada, apenas 150 pessoas haviam procurado o posto do Incra instalado na área para tentar reassentamento. Os posseiros ouvidos pela Folha dizem que a maioria das famílias não saiu da terra indígena no prazo de 30 dias estabelecido pela Justiça, que se encerrou na quinta-feira.
"É uma injustiça muito grande. Não sei o que vou fazer. Não sei para onde vou. Queremos que Deus olhe para a gente", disse Arnaldo Cunha de Freitas, 57, que é dono de uma lanchonete em Posto da Mata.
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