Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
27/03/2013 - 17h04

Dilma não é 'mulher de mandar recado', diz Campos

Publicidade

DE BRASÍLIA

"A Dilma não é mulher de mandar recado, nem eu sou homem de receber recado. Ela não é dada a esse tipo de coisa, nem eu", afirmou na terça-feira (26) o governador de Pernambuco Eduardo Campos (PE), ao ser questionado se o recente discurso da presidente Dilma Rousseff pedindo "compromisso" aos aliados poderia ser interpretado como um recado a ele.

Ele participou ontem de audiência na Comissão Mista do Congresso sobre a MP dos Portos, que muda o marco regulatório do setor e a declaração foi dada quando ele deixava o local.

Após promessas de Dilma, Campos diz que dinheiro federal é do 'povo'
Ao lado de Campos, Dilma pede 'parceiros comprometidos'
Dilma anunciará medidas contra seca em reunião com governadores

No dia anterior, em Serra Talhada (PE), durante a inauguração de uma adutora, Dilma afirmou, ao lado de Campos, que "nenhuma força política sozinha é capaz de dirigir um país com essa complexidade". E completou: "Precisamos que esses parceiros sejam comprometidos com esse caminho".

O discurso foi interpretado como uma cobrança, principalmente no atual contexto em que Eduardo Campos ameaça romper com o PT e lançar candidatura própria nas eleições presidenciais de 2014.

Ontem, durante a audiência, o governador trocou críticas com a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil), demonstrando mais uma vez seu descontentamento com o governo federal.

Roberto Stuckert Filho - 25.mar.2013/Divulgação/PR
Dilma Rousseff acena ao lado do governador Eduardo Campos (de branco) durante cerimônia de entrega do trecho Floresta-Serra Talhada do Sistema Adutor Pajeú
Dilma Rousseff acena ao lado do governador Eduardo Campos (de branco) durante cerimônia em Serra Talhada, Pernambuco

Ele defende uma mudança na MP para que os Estados que têm portos públicos não percam a autonomia para fazer licitações de arrendamento de novas áreas. A medida provisória passou essa competência à Secretaria de Portos, chefiada por Leônidas Cristino -que é do PSB.

Campos classificou a medida como um "capricho" do governo e disse que ela rompe o pacto federativo. "Se a gente quer honrar contrato, a gente precisa também honrar o contrato dentro do pacto federativo."

Para ele, "os propósitos da presidenta Dilma de melhorar o Brasil não podem colocá-la em posição de constrangimento com o pacto federativo. Se esticarmos esta corda não vai faltar quem venha a este parlamento".

Gleisi, por sua vez, criticou a autonomia dos portos para licitar. Disse que as empresas que gerenciam os terminais não foram competentes para fazer licitações de novas áreas e citou caso do porto de Suape, gerido pelo governo pernambucano.

"O governador falou aqui das dificuldades do arrendamento do terminal de açúcar do porto de Suape. Ele [o estudo] deve ter voltado umas seis vezes para fazer correções por falta de consistência", disse.

"A MP não retira a autonomia de nenhum Estado. Ela não diz respeito à questão federativa. Ela diz respeito à modernização", disse Gleisi.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página