Índia faz a defesa de demarcação contínua da Raposa/Serra do Sol no STF
Em nome de quatro comunidades que vivem na reserva Raposa/Serra do Sol, em Roraima, a advogada indígena Joênia Batista Carvalho, da etnia wapichana, ocupou a tribuna do plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) para defender a demarcação contínua da área.
Sérgio Lima/Folha Imagem |
Advogada indígena Joênia Batista Carvalho faz defesa da reserva no STF |
O STF começou nesta quarta-feira o julgamento da constitucionalidade do decreto assinado em 2005 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva demarcando a reserva Raposa/Serra do Sol.
"Nós somos acusados de ladrões e invasores dentro de nossa própria terra. Isso precisa ter um fim", disse. "Estão em jogo os 500 anos de colonização. Por que só nós temos que ter nossa terra retalhada?"
Antes, o advogado Paulo Machado Guimarães, que representa a comunidade indígena Socó, defendeu o laudo antropológico que serviu de base para a demarcação contínua da reserva. O documento é contestado por produtores de arroz e pelo governo de Roraima, contrários à homologação da reserva.
Guimarães rechaçou a demarcação em "ilhas", o que permitiria a circulação de não-indígenas.
"É um orgulho para o país as comunidades indígenas que produzem, contribuem para o desenvolvimento do Estado", afirmou.
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