STF inocenta Palocci; advogado do único réu diz que "sobrou para o mordomo"
Por 5 votos a 4, os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) rejeitaram na noite desta quinta-feira a denúncia do Ministério Público contra o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci (PT-SP). Ele era acusado de ter participado da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa.
Os ministros, no entanto, aprovaram a abertura de ação penal contra o ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso. O ex-assessor de imprensa Marcelo Netto também foi poupado.
O advogado de Jorge Mattoso, Alberto Zacharias Toron, ironizou a decisão do Supremo Tribunal Federal, que manteve só sobre seu cliente a suspeita em relação à quebra do sigilo do caseiro: "Valeu aquele adágio: a culpa é sempre do mordomo".
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Toron disse que vai aguardar a publicação da decisão para definir o que vai fazer: "Respeito muito a decisão do Supremo, mas fiquei pasmo". Mattoso não compareceu à sessão de ontem.
Apesar de o STF ter determinado à Justiça de primeira instância que abra processo criminal contra o ex-presidente da Caixa, mantém-se a possibilidade de que ele aceite a proposta do Ministério Público de suspensão do processo em troca do compromisso de que dê palestras bimestrais sobre o sistema democrático e o processo eleitoral em escolas públicas, durante dois anos, e doe 50 resmas de papel braile para uma associação beneficente.
A Folha telefonou ontem duas vezes para o celular de Jorge Mattoso. Nas duas oportunidades, uma mulher, que disse ser a mulher dele, informou que Mattoso não iria falar sobre o caso.
Arte/Folha | ||
Com Folha Online
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