Saiba mais sobre o ministro Carlos Alberto Menezes Direito
Morreu nesta madrugada no Rio de Janeiro o ministro do Supremo Tribunal Federal Carlos Alberto Menezes Direito. Ministro do STF desde 2007, Menezes se afastou da Corte em maio deste ano para tratar um câncer na região do pâncreas.
Alan Marques/Folha Imagem |
Ministro Carlos Alberto Direito, que morreu aos 66 anos em decorrência de câncer |
Direito entrou no STF na vaga de Sepúlveda Pertence, que se aposentou em 2007. De perfil conservador --fruto de uma forte formação católica-- e técnico, Direito arregimentou forte apoio político para preencher a vaga de ministro do Supremo. Ele era membro da União dos Juristas Católicos do Rio de Janeiro.
Segundo a Folha, ele contou com o apoio do ministro da Defesa, Nelson Jobim, de três integrantes do STF (Gilmar Mendes, Eros Grau e Cezar Peluso) e da a Igreja Católica para ser escolhido para o lugar de Pertence.
Antes de ocupar uma cadeira no STF, o ministro teve uma vaga por 11 anos no STJ (Superior Tribunal de Justiça). Além disso, era desde maio de 2008 ministro substituto do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Uma das atuações mais marcantes do ministro no STF ocorreu em 2008, durante o julgamento de uma ação que questionava a liberação de células-tronco embrionárias em pesquisas científicas no Brasil.
Católico praticante, pediu vista, adiando a análise de matéria, mas surpreendeu ao votar pela liberação das pesquisas. Porém, estabeleceu diversas condições para isso, como vetar a destruição de embriões.
Histórico
Nascido em 8 de setembro de 1942, em Belém (PA), Menezes Direito formou-se bacharel em Direito pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) do Rio em 1965, e se tornou doutor três anos depois. Antes de ser ministro do STF e do STJ, ele foi desembargador no TJ (Tribunal de Justiça) do Rio entre 1988 e 1996.
Trabalhou como advogado no Rio de Janeiro, onde também ocupou diversos cargos públicos. Foi chefe de gabinete na prefeitura, membro do Conselho da Sociedade Civil mantenedora da PUC-RJ, presidente da Fundação de Artes do Rio de Janeiro e membro do Conselho Estadual de Cultura do Estado.
Entre as atividades exercidas, foi, ainda, presidente da Casa da Moeda do Brasil, secretário de Estado de Educação no Rio e presidente do CNDA (Conselho Nacional de Direito Autoral), além de professor titular do Departamento de Ciências Jurídicas da PUC-RJ.
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