Morre Cleto Falcão, um dos líderes do governo Collor
O ex-deputado federal e líder do governo do ex-presidente Fernando Collor de Melo, Cleto Falcão, morreu na madrugada deste sábado (24) em Maceió, aos 58 anos. O corpo dele foi velado em Maceió e depois seguiu para Recife, onde nasceu, para ser cremado.
Falcão morreu no hospital Santa Casa de Misericórdia de Maceió vítima de um câncer, segundo familiares.
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Um dos coordenadores da campanha presidencial de 1989, Falcão foi integrante da tropa de choque do governo Collor (1990-92), mas se afastou do ex-presidente após ter votado a favor do impeachment dele, em 1992.
Em 94, ele afirmou em entrevista que negociou o apoio da cúpula do jogo do bicho para a eleição de Collor à Presidência em 89. Em troca, segundo ele, Collor se comprometeria a não intervir na estrutura do jogo do bicho.
Flávio Florido/Folhapress | ||
Cleto Falcão durante entrevista em 2000; ex-deputado e líder do governo Collor morreu aos 58 |
William Cleto Falcão de Alencar começou a carreira política em 1976, quando se tornou presidente da ala jovem do MDB (Movimento Democrático Brasileiro), partido de oposição ao regime militar (1964-1985). Três anos depois se tornou assessor político do senador Teotônio Vilela, pai do atual governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB).
Eleito deputado estadual em 1987, Falcão se tornou líder do então governador de Alagoas Fernando Collor (1987-89) na Assembleia Legislativa alagoana. No cargo, participou ativamente da campanha que levou Collor à Presidência, ao derrotar o então candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno.
Em 1990, foi eleito deputado federal pelo PRN (Partido da Reconstrução Nacional), mesmo partido de Collor. Tornou-se líder do PRN, mas foi destituído logo em seguida após afirmar, em entrevista, que mantinha um padrão de vida incompatível com seu salário graças ao apoio financeiro de empresários amigos.
Tentou se eleger nas três eleições seguintes, mas sem sucesso. Em 2002, candidatou-se à Assembleia Legislativa de Alagoas, mas recebeu apenas dois votos, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Sem conseguir voltar à política, passou a trabalhar como corretor de imóveis.
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