Interior salva Alckmin de recuo maior em pesquisa
Os eleitores do interior de São Paulo amorteceram a queda das intenções de voto no governador Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à reeleição, mostra o Datafolha.
No cenário da disputa em que o candidato do PT é o ministro Alexandre Padilha (Saúde), as intenções de voto em Alckmin caíram de 52% para 40%, o que ainda lhe daria vitória no primeiro turno.
Se fossem considerados só os votos da capital, porém, Alckmin teria 33%, o que colocaria e disputa dentro da margem de erro para a realização de um segundo turno.
Danilo Verpa/Folhapress | ||
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (à dir.), acompanha montagem de máquina a ser usada na escavação da linha 5 do metrô |
A pesquisa foi finalizada em 28 de junho, com margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos no Estado, e 3 pontos percentuais na capital.
A diferença entre capital e interior para Alckmin pode ser percebida com nitidez nos índices de aprovação da gestão. Na cidade de São Paulo, 31% avaliam seu governo como ótimo ou bom. No interior (recorte que não considera municípios da Região Metropolitana), a taxa sobe para 43%.
Já a reprovação tem relação inversa. Na capital, Alckmin é ruim ou péssimo para 28%. No interior, para apenas 15%.
Algumas das maiores manifestações do país ocorreram na cidade de São Paulo. O município também foi palco de alguns dos mais violentos episódios de repressão por parte da polícia, o que rendeu muitas críticas ao governador.
No início dos protestos, Alckmin estava em Paris, juntamente com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), em campanha para sediar a Expo 2020. No fim, assim como o petista, teve de ceder e cancelar o reajuste das tarifas do metrô e dos trens.
Embora sempre tenha sido menos popular na capital, a vantagem de Alckmin no interior era menos elástica. Em 2010, quando foi eleito, sua votação em todo o Estado foi só 0,9 ponto percentual maior que a votação na capital.
O índice menor de Alckmin na cidade, porém, não representa ganho direto de seus rivais. Conforme o Datafolha, nenhum deles cresce acima da margem de erro quando as intenções de voto na capital são analisadas isoladamente.
O que aumenta é o contingente de eleitores dispostos a votar em branco, nulo ou nenhum. (RICARDO MENDONÇA)
Danilo Bandeira/Editoria de Arte/Folhapress | ||
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