Ex-sócios de Valério tentam provar que DNA prestou serviços
A defesa dos ex-sócios de Marcos Valério de Souza enviará notificações extrajudiciais a veículos de comunicação para saber se foram emitidas notas fiscais para a agência DNA, do publicitário que operava o mensalão.
Com isso os advogados de Cristiano Paz e Ramon Hollerbach —ambos condenados e cumprindo pena— tentam juntar documentos para anexar a um recurso conhecido como revisão criminal.
Como o Supremo Tribunal Federal entendeu que um adiantamento de R$ 73,8 milhões do fundo Visanet à DNA foi usado para abastecer o caixa do mensalão, os advogados querem mostrar que serviços de publicidade foram de fato prestados sob a forma de publicidade do Banco do Brasil e de seus cartões.
Essa estratégia de defesa começou em agosto passado, quando Hollerbach e Paz contrataram uma auditoria sobre o caso. A perícia privada diz que 85% dos recursos recebidos foram gastos em serviços prestados, como pagamento de fornecedores, impostos e comissões de outras agências.
Os 15% restantes seriam aferíveis na contabilidade dos veículos de comunicação. A lista de veículos não foi divulgada, mas inclui Rede Globo, Folha, "O Estado de S. Paulo", Editora Três e outros.
Eles não são obrigados a responder à notificação, que será feita de forma extrajudicial, porque a defesa crê que por meio de ordem judicial o processo seria demorado. No julgamento do mensalão, o STF apontou desvio de recursos da Visanet com base em laudos do Instituto Nacional de Criminalística.
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