Para Campos, governo 'tem dinheiro pra tudo, menos para o que interessa'
O candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, visitou o arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, na tarde desta terça-feira (12).
Acompanhado da candidata a vice de sua chapa, Marina Silva (PSB), Campos e dom Orani conversaram por mais de meia hora sobre diversos temas. Um dos principais, conforme relato do candidato, foi a segurança pública.
"Em Pernambuco, fomos por sete anos seguidos o único Estado do nordeste a reduzir a violência", afirmou Campos, destacando medidas adotadas em seu governo.
"Recife era a capital mais violenta do Brasil, e teve redução de 60% nos homicídios enquanto eles (os homicídios) explodiram em outros Estados", acrescentou o candidato.
Campos acredita que a União deve assumir papel mais destacado na segurança pública, mas afirma que a mudança não passaria por alteração de atribuição dos entes federados na Constituição.
"O que precisa é a União colocar recurso. De cada cem reais que se investe em segurança no Brasil hoje, só R$ 15 vem da União", comentou.
FONTE DOS RECURSOS
Como Campos tem defendido a redução da carga tributária, ele foi questionado sobre como equalizar a demanda por mais investimento em segurança num cenário teórico de menos arrecadação.
"É uma questão de prioridade. Não arrumam dinheiro quando os juros aumentam (o governo)? A cada 1% do juro não arrumam R$ 28 bilhões a mais? Não arrumam dinheiro agora para botar nas empresas do setor elétrico? Não são R$ 50 bilhões a mais?", questionou, para complementar: "Não têm dinheiro quando falamos de escola integral, não têm dinheiro quando falamos de passe livre. Não têm R$ 6 bilhões para colocar no Fundo Nacional de Segurança? Pra umas coisas têm dinheiro, só não têm dinheiro quando interessa à população?".
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