Aécio diz que é oposição ao PMDB mas 'não faz marketing eleitoral' disso
O candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, Aécio Neves, disse nesta quinta-feira que faz oposição aos principais nomes do PMDB em alguns Estados "desde sempre". "Só não faço disso marketing eleitoral", concluiu, numa provocação velada à sua adversária na eleição, Marina Silva (PSB).
Aécio falou sobre o assunto ao ser perguntado, durante sabatina no Jornal da Record, nesta quarta-feira (17), se buscaria o apoio do PMDB se fosse eleito. A questão foi colocada porque, nesta tarde, o candidato a vice de Marina, Beto Albuquerque (PSB) disse que "ninguém governa sem o PMDB".
"Sou oposição ao Renan [Calheiros, presidente do Senado do PMDB-AL] em Alagoas desde sempre. Eu defendo lá o governador Teotônio Vilela. No Maranhão, sou oposição ao [José] Sarney. Eu só não faço disso marketing eleitoral", afirmou.
Aécio tem dividido suas críticas ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT) com reparos ao discurso adotado por Marina, que prega a "nova política".
A ex-senadora assumiu a candidatura do PSB após a morte do ex-governador Eduardo Campos, em agosto. Quando candidato, Campos disse que, eleito, mandaria o PMDB "para a oposição". Por isso, a frase de Albuquerque teve repercussão.
Durante a entrevista, Aécio voltou a se apresentar como o único candidato capaz de colocar a economia nos trilhos. Ele disse que Armínio Fraga, economista que já afirmou que levará para o Ministério da Fazenda, se for eleito, provou que pode contornar crises.
"Em 1994, quando o PSDB assumiu o governo, a inflação era de 1.600% ao ano. Quem levou desse patamar para 7% mostra que tem condições de resolver os problemas", afirmou. Fraga foi presidente do Banco Central durante o governo Fernando Henrique Cardoso.
Aécio, que hoje está na terceira colocação nas pesquisas, tentou demonstrar força política. Disse ter pesquisas que revelam que ele retomou a liderança da eleição presidencial em Minas, seu berço político, e voltou a afirmar que acredita em uma virada. Ele disse ainda que, a partir do momento que seu candidato ao governo do Estado, Pimenta da Veiga, tiver o nome conectado às administrações tucanas, ganhará pontos na disputa. Hoje, o petista Fernando Pimentel derrotaria o aliado de Aécio no primeiro turno em Minas.
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