Ex-colegas de cela da presidente elogiam a Comissão da Verdade
Companheiras de cela de Dilma Rousseff durante a ditadura militar, Rose Nogueira, 68, e Elza Lobo, 77, compareceram à posse da petista e afirmaram sentir "orgulho" pelo trabalho da Comissão da Verdade, conduzido pelo governo da amiga presidente.
A Comissão Nacional da Verdade concluiu seu relatório em dezembro responsabilizando 377 agentes do Estado por violações dos direitos humanos de 1946 a 1988.
"Foi um grande avanço democrático, ainda que tardio. Ela deveria ter sido feita quando acabou a ditadura", disse Rose. "Ajudamos com tudo que a gente pôde", afirmou Elza. Elas disseram ter fornecido documentos e dado depoimentos à comissão.
Elza ficou presa dois anos, e Rose ficou nove meses na Torre das Donzelas, apelido da ala feminina do presídio Tiradentes, em São Paulo.
Rose, que conhece Dilma há mais de 40 anos, não tem contato diário com a petista, mas reencontrou a amiga em alguns eventos de campanha.
"Conheci a Dilma numa situação terrível, que é a da prisão. Ali a gente se conhece muito. É uma das pessoas mais íntegras que conheço."
Elza, que também foi companheira de cela de Dilma, lembrou que a presidente ajudava as presas a preparem depoimentos para o DOI-Codi.
Andréia Sadi - 1.jan.2015/Folhapress | ||
Elza Lobo e Rose Nogueira, ex-companheiras de cela de da presidente Dilma Rousseff durante a ditadura |
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