Boneco inflável de Lula vira febre e vai circular em protestos pelo país
Pedro Ladeira/Folhapress | ||
Ricardo Honorato posa ao lado de Pixuleko, boneco inflável do ex-presidente Lula |
Ícone dos protestos de domingo (16) contra a presidente Dilma Rousseff, o boneco inflável do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ganhou status de celebridade.
Em menos de 48 horas desde sua primeira aparição, durante ato em Brasília, o personagem com roupa de presidiário virou febre nas redes sociais e fará turnê pelo país.
A alegoria de plástico, que já tem mais de 7,5 mil seguidores na rede social Twitter, foi batizada de Pixuleko –referência ao termo usado pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto para se referir a propina, segundo o empreiteiro Ricardo Pessoa, delator da Operação Lava Jato.
A alcunha foi escolhida por votação interna do Movimento Brasil, grupo que criou o boneco e ajudou a organizar o protesto na capital federal.
Agora que Pixuleko ganhou fama, a intenção é emprestar o boneco de 300 quilos e 12 metros de altura a outros grupos que queiram utilizá-lo em atos pelo país contra o Planalto.
"Não tem programação, vamos fazer por votação interna entre as cidades que quiserem recebê-lo", explicou Ricardo Honorato, integrante do Movimento Brasil e responsável por hospedar o boneco de plástico em Brasília.
Quando conceberam o Pixuleco, há três meses, a ideia do grupo era criar uma imagem emblemática contra a corrupção. Funcionou.
Uma empresa de São Paulo aceitou confeccionar o boneco por R$ 12 mil. "Até agora, foi pago R$ 7.200", explicou Honorato, que tem arrecadado dinheiro de empresários simpáticos à causa.
Pixuleko chegou a Brasília na última sexta (14), escondido em um saco plástico, transportado em um ônibus.
"Foi meio assustador ter mantido um bandido na garagem da minha casa", brinca Honorato.
A ideia era que Pixuleko ficasse por algum tempo em Brasília, não fosse por um incidente: um furo no peito do boneco inflável, durante o protesto, o obrigou a retornar nesta terça (18) a São Paulo para reparos.
O revés na curta carreira pode não ser, contudo, o primeiro. Como a maioria das celebridades instantâneas, o boneco inflável deve ser obrigado em breve a dividir holofotes.
"Nós pensamos em fazer também outras autoridades em bonecos de plástico para futuros protestos", adianta Honorato.
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