Por 2018, Alckmin se aproxima de prefeito de Belo Horizonte
Nidin Sanches -7.out.2012/Divulgação | ||
O então candidato à Prefeitura de Belo Horizonte Marcio Lacerda e o senador Aécio Neves |
O recente distanciamento entre o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), abriu espaço para que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, iniciasse uma aproximação política com o pessebista.
Lacerda e Aécio sempre atuaram juntos na política mineira, mas romperam antes do início desta eleição, quando não chegaram a um acordo e lançaram candidatos diferentes para a sucessão em Belo Horizonte.
O afastamento abriu espaço para Alckmin, que tem conversado mais com Lacerda, dando margem a projeções sobre uma possível aliança com vistas à campanha presidencial de 2018.
O governador paulista e Aécio disputam a indicação do PSDB na corrida pelo Planalto. A aproximação com Lacerda, nesse cenário, é estratégica. Dá a Alckmin uma ponte em Minas, berço eleitoral de Aécio. Além disso, fustiga o senador mineiro justo num momento em que as relações entre o prefeito e Aécio estão estremecidas.
Até por isso, pessoas próximas ao prefeito de Belo Horizonte tratam o assunto com cautela. Lacerda vem negando tanto o alinhamento com Alckmin como a ruptura com Aécio. Já pessoas próximas ao governador paulista dizem que ele gosta do prefeito de Belo Horizonte e tem, sim, falado mais com ele.
Entre assessores de Alckmin, a união nacional entre PSDB e PSB é bem-vista, por repetir a parceria selada em São Paulo, onde o vice é Márcio França (PSB).
Mas a projeção de que Lacerda estaria ganhando espaço para, por exemplo, ser vice de Alckmin em 2018 –caso o governador seja candidato ao Planalto pelo PSDB– é vista com reservas.
Lacerda saiu enfraquecido da eleição municipal. Primeiro, tentou emplacar um nome de seu partido, Paulo Brant, mas a tática não funcionou. Depois, apoiou a candidatura de seu vice, Délio Malheiros (PSD), que acabou com uma votação pouco expressiva, longe de uma vaga no segundo turno, chegando em quinto lugar.
Nesse cenário, segundo a Folha apurou, despontam como nomes mais adequados para a vaga de vice o governador Paulo Câmara (PSB-PE), herdeiro político do ex-governador Eduardo Campos (PSB), e Geraldo Julio, prestes a se reeleger em Recife.
O cálculo é que um nome do Nordeste poderia dar mais força e capilaridade a uma eventual campanha presidencial de Alckmin.
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