Descrição de chapéu Eleições 2018

Wagner sai com vantagem no NE, mas dependeria de Lula em outras regiões

Ex-governador da Bahia tem 2% de intenção de votos em todos os cenários com seu nome no Datafolha

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O ex-governador da Bahia Jaques Wagner (PT), cotado para substituir Lula nas eleições
O ex-governador da Bahia Jaques Wagner (PT), cotado para substituir Lula nas eleições - Pedro Ladeira-11.abr.16/Folhapress
 

 

São Paulo

Com 2% de intenção de votos em todos os cenários com seu nome na pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (31), o ex-governador da Bahia Jaques Wagner (PT) alcança resultado levemente melhor quando se analisa seu desempenho no Nordeste.

Ele chega a ter na região 6% de preferência do eleitorado, o que lhe daria vantagem na largada caso venha a ser escolhido pela legenda para assumir o lugar do ex-presidente Lula no posto de candidato à Presidência da República.

O ex-governador e ex-ministro da Casa Civil registra os percentuais em cenários sem Lula, hoje o representante do PT na corrida eleitoral.

Datafolha

Publicamente, a legenda nega trabalhar com a possibilidade de um plano B —embora a presença do ex-presidente na chapa esteja em risco após a confirmação da condenação dele pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), na quarta-feira (24).

A decisão de segunda instância pode torná-lo inelegível, mas sua participação na campanha depende ainda do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Pelo menos até setembro, Lula poderá se apresentar como pré-candidato e recorrer a tribunais superiores para garantir seu nome na disputa.

Fora do NE, Jaques Wagner apresenta hoje um resultado desanimador, com índices oscilando de 0% a 2% quando são analisados separadamente seus números no Sudeste, Sul, Centro-Oeste e Norte.

No pior cenário para ele, o petista que fez carreira na Bahia não pontua nas regiões Sudeste e Sul e consegue 1% no Centro-Oeste e 1% no Norte; no Nordeste tem 4%.

CANDIDATO DE LULA

Um alívio, caso o ex-governador entre na disputa após afastamento do candidato atual, pode vir do eventual poder de transferência de votos do próprio ex-presidente.

O apoio de Lula faria 20% dos entrevistados no Sudeste, 16% no Sul, 19% no Centro-Oeste e 35% no Norte escolherem com certeza um candidato "abençoado" por ele. No NE (onde Wagner já consegue sozinho um desempenho melhor), 46% optariam pelo nome apontado pelo ex-presidente. Nacionalmente, 27% fariam essa escolha.

Por outro lado, a chancela também é um problema nas regiões onde Wagner precisaria crescer. A fatia dos que não votariam de jeito nenhum em um candidato indicado pelo ex-presidente alcança 63% no Sudeste, 65% no Sul, 64% no Centro-Oeste e 43% no Norte. No Nordeste, 32% rejeitam a ideia de votar em alguém sugerido por ele. Nacionalmente, 53% tomariam essa decisão.

Hoje, numa eleição sem Lula, 4% dos eleitores dele migrariam para o colega de partido da Bahia.

Foi a primeira vez que o Datafolha testou o nome de Wagner para essa condição. No levantamento anterior, do fim de novembro, foi pesquisada a intenção de voto no ex-prefeito paulistano Fernando Haddad, também citado para substituir Lula. Haddad ficou com 3%.

Outra pedra no caminho do ex-governador baiano, na hipótese de liderar a candidatura presidencial do PT, será equalizar seus índices de rejeição. Nacionalmente, 15% dos eleitores dizem que não votariam nele de jeito nenhum. A lista é encabeçada por Michel Temer (MDB), repelido por 60%, Fernando Collor de Mello (PTC), desaprovado por 44%, e Lula, rechaçado por 40%.

Nos resultados regionalizados, Wagner se sai pior justamente no Nordeste, onde 18% dos entrevistados o rejeitam. O índice pode ser explicado pelo fato de ele ser também mais conhecido na região do que fora dela.

Não votariam nele 15% das pessoas do Sudeste, 14% do Sul, 14% do Centro-Oeste e 11% do Norte.

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