Paes negocia filiação com PSDB e PP para disputar governo do Rio

Destino de ex-prefeito do Rio, que conversou com Alckmin, deverá ser anunciado em 10 dias

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São Paulo

Potencial candidato ao governo fluminense, o ex-prefeito do Rio Eduardo Paes (MDB) se reuniu neste fim de semana com dois pretendentes —PSDB e PP— para definir seu futuro partidário.

A tendência, segundo seus aliados, é que se filie ao PP.

Seu destino deverá ser anunciado dentro de dez dias. Embora os dois partidos tenham oferecido legenda para a disputa, Paes admitiu a hipótese de não concorrer ao governo do Estado, sob o argumento de que esse é o desejo de sua família.

Hoje inelegível por decisão judicial, Paes teme também os desdobramentos da Operação Lava Jato.

No domingo, Paes se encontrou com o vice-governador do Rio, Francisco Dornelles, para discutir os termos de sua filiação ao PP. Ele recebeu carta branca para costura de alianças no Estado.

Em favor do partido, pesa o fato de o PP não ter candidato à Presidência, permitindo mobilidade a Paes. O tempo de TV do PP é compatível ao do PSDB.

No tucanato, sua candidatura seria obrigatoriamente atrelada à do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. No sábado, Paes se reuniu com Alckmin, no Palácio dos Bandeirantes, para discutir o cenário eleitoral do Rio.

Na conversa, segundo a Folha apurou, Alckmin quis saber se o ex-prefeito era de fato candidato ao governo do Rio e abriu as portas da legenda a Paes.

Segundo aliados, o governador detectou algum receio de Paes em relação à Lava Jato. Alckmin pondera também os obstáculos que essa aliança poderia impor à aproximação do PSDB com o DEM.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), quer lançar o pai, o ex-prefeito Cesar Maia (DEM-RJ), ao governo, mas a intenção é vista com ceticismo por interlocutores de Alckmin.

O governador paulista deixou as portas abertas para uma eventual filiação de Paes, que foi do partido e o deixou em 2007. 

No ano passado, Paes conversou com PDT e PTB.

Presidente petebista, Roberto Jefferson (RJ) chegou a recomendar que Paes se mantivesse no MDB. Na sua avaliação, Paes assumiria o comando do partido, que tem maior tempo de TV e capilaridade no Estado. Jefferson se comprometeu a apoiar a candidatura de Paes qualquer que seja seu partido. 

O ex-prefeito do Rio também se reuniu com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, mas a candidatura de Ciro Gomes à Presidência poderia inviabilizar a construção de um amplo palanque no Rio. 

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