O presidente da Fecomércio-RJ (Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro), Orlando Diniz, foi preso na manhã desta sexta (23) durante a Operação Jabuti, uma etapa da Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato no Rio.
Os investigadores apuram indícios de que Diniz tenha usado o esquema de lavagem de dinheiro montado pela organização criminosa comandada pelo ex-governador Sérgio Cabral (MDB).Segundo a PF, a entidade pagou com seus recursos R$ 180 milhões em honorários a escritórios de advocacia, sendo que R$ 20 milhões tinham como destino o escritório de Adriana Ancelmo, mulher de Cabral, em troca de vantagens na administração estadual.
Diniz foi preso em um dos seus apartamentos no Leblon, zona sul do Rio.
Em dezembro do ano passado, Diniz foi afastado do comando do Sesc (Serviço Social do Comércio) e Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) no Rio por suspeita de irregularidades.
Ele já era investigado pelo TCU (Tribunal de Contas da União) por supostos pagamentos indevidos de entidades do Sistema S à Fecomércio-RJ. De acordo com o tribunal, o prejuízo aos cofres públicos pode chegar a R$ 46 milhões.
Em 2012, a administração nacional do Sesc iniciou um processo de intervenção na regional Rio por suspeitas de mau uso do dinheiro público. Diniz foi afastado e chegou a conseguir voltar por força de liminar. Ao fim da intervenção, reassumiu o comando do sistema e “tratou de viabilizar o reconhecimento” das dívidas.
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