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PSB apresenta exigências para apoiar Alckmin na disputa presidencial

Partido listou Estados onde reivindica apoio do PSDB aos candidatos ao governo

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São Paulo

A cúpula do PSB apresentou, na noite desta quarta-feira (21), suas condições para vir a apoiar o governador Geraldo Alckmin (PSDB) na disputa presidencial. Reunido com o vice-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), dirigentes do partido listaram Estados onde reivindicam o apoio do PSDB aos candidatos do PSB aos governos.

O vice-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), em entrevista no Palácio dos Bandeirantes - Karime Xavier - 12.jan.2018/Folhapress

Entre os Estados, estão Espírito Santo e Tocantins, além do Distrito Federal. O comando do PSB também deseja o apoio do PSDB à candidatura do ex-prefeito de Belo Horizonte Márcio Lacerda ao governo de Minas Gerais, mas enfrenta resistência do PSDB mineiro, que tem o senador Aécio Neves como principal líder.

Os dirigentes do PSB alegaram, durante a reunião, que nos Estados onde PSDB e PSB estão prestes a compor essa articulação acontecerá independentemente da aliança nacional, e que Alckmin deverá se empenhar mais para garantir apoio do partido à sua própria candidatura. Em outras palavras, enquadrar o tucanato onde o PSDB resiste a uma composição com candidatos do PSB.

Alckmin, segundo o comando do PSB, também deveria se esforçar para melhorar a relação com o partido em Pernambuco, onde o PSDB faz frontal oposição ao governador, Paulo Câmara.

Segundo integrantes do PSB, Márcio França fez um relato de sua situação para a disputa pelo Palácio dos Bandeirantes. Aos dirigentes do PSB, o vice-governador de São Paulo disse acreditar na candidatura do prefeito de São Paulo, João Doria, ao governo do Estado. França afirmou não se incomodar com a hipótese de Alckmin ter dois palanques em São Paulo: o seu e o de Doria. 

França ficou encarregado de enviar o recado a Alckmin. Outra hipótese em discussão é o apoio à candidatura de Ciro Gomes (PDT). O lançamento do ex-presidente do STF Joaquim Barbosa ao Palácio do Planalto foi considerada remota pela cúpula do PSB.

Participante da reunião, o ex-governador do Espírito Santo e presidente da Fundação João Mangabeira, Renato Casagrande, afirma que essas não são exigências impostas a Alckmin. Casagrande conta que, durante a reunião com França, foi feita uma avaliação do cenário político em cada Estado. Ele diz ter relatado que PSB e PSDB já estão alinhados em alguns.

“Avaliamos que em outros Estados seria importante o PSB estar junto, mas depende mais do PSDB”, afirma o ex-governador, que pretende concorrer ao governo do Espírito Santo.

Nessa radiografia, disse Casagrande, foram apontadas dificuldades de aliança no Nordeste. “Também há dificuldade de alinhamento em Minas Gerais”, ressalta Casagrande, informando que a decisão do partido será tomada em abril ou maio. 

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