Jornalistas devem fazer vigilância crítica de redes sociais, diz editor-executivo da Folha

Sérgio Dávila lembrou a decisão do jornal de deixar de atualizar sua página no Facebook

São Paulo

As redes sociais deveriam ser cobertas pelos jornalistas com o mesmo rigor aplicado a governos e grupos com poder e influência na sociedade, afirmou nesta segunda-feira (19) o editor-executivo da Folha, Sérgio Dávila.

Ao abrir o 2º Encontro Folha de Jornalismo, Dávila lembrou a decisão tomada pela Folha há duas semanas, quando deixou de atualizar sua página no Facebook por discordar de mudanças anunciadas pela empresa no tratamento a posts de jornais e outras empresas.

Citando o diretor de Redação do jornal, Otavio Frias Filho, Dávila disse que a decisão colocou o jornal mais uma vez em posição equivalente à da aldeia do Asterix dos quadrinhos, um foco de "resistência" e "vigilância crítica" aos "poderes constituídos".

"As redes sociais são o novo poder constituído e como tal devem ser cobertas", afirmou Dávila. "É preciso coragem para fazer jornalismo profissional como o que a Folha e outros veículos fazem nos dias de hoje."

Ao celebrar os 97 anos da Folha, completados nesta segunda, o editor-executivo disse que o jornal "está mais vigoroso do que nunca" e mencionou a publicação da nova edição do "Manual da Redação", o guia de estilo e conduta jornalística da Folha.

Resultado de 25 meses de discussão, o novo manual será debatido em evento nesta quarta (21), no Teatro Folha.

Tópicos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.