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'Até Lula reconhece que houve tentativa de golpe contra Temer', diz Marun

Ministro da Secretaria de Governo comentou entrevista de petista à Folha

Gustavo Uribe
Brasília

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, elogiou nesta quinta-feira (1º) declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de que o presidente Michel Temer sofreu uma tentativa de golpe.

Segundo ele, só os veículos de imprensa não acreditam que o emedebista foi alvo de uma conspiração do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, ao ele ter apresentado duas denúncias contra Temer.

"Só vocês [da imprensa] que não acreditaram que era golpe. Até o Lula reconhece. Não obstante aquela bateção de bumbo dos partidos de oposição, só não reconhece quem não vê o óbvio: de que houve uma conspiração que eu chamo de asquerosa que tentou efetivamente depor o presidente entre maio e novembro do ano passado", disse. 

Foto de perfil do ministro Carlos Marun, da Secretaria de Governo; ele fala virado para o lado esquerdo
O ministro da Secretaria de Governo de Temer, Carlos Marun - Ueslei Marcelino - 30.jan.2018/Reuters

Em entrevista à Folha, o petista afirmou que o presidente teve uma vitória quando derrubou tentativa de golpe da "TV Globo, do ex-procurador Rodrigo Janot e do empresário Joesley Batista". Segundo ele, Temer "se prestou a fazer o serviço do golpe" contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), "mas não era uma figura palatável".

"O presidente Lula, como muitos, tem suas virtudes e os seus defeitos. Ele não pode concorrer as próximas eleições, mas também não estou aqui para dizer que tudo o que ele fez e tudo o que ele disse é errado", afirmou Marun.

O ministro participou nesta quinta do lançamento do Prêmio dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) Brasil, no Palácio do Planalto.

Na saída do encontro, ele afirmou que o presidente analisará eventuais pedidos de aportes de recursos na área de segurança pública feitos por governadores do país, que se reunirão nesta quinta com Temer.

 “É uma reunião de mobilização, mas também vamos ouvir sugestões e reivindicações e não nos afastaremos desta discussão sobre recursos”, afirmou.

Segundo o ministro, “não existe possibilidade de intervenção federal" em outras unidades federativas, como a ocorrida no Rio de Janeiro.

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