Juventude tucana diz que não quer Virgílio no partido cometendo injúrias

Liderança lamentou declarações do prefeito contra o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin

Lauriberto Pompeu
São Paulo

 

O secretário de comunicação da juventude tucana em São Paulo, Lucas Padilha, fez nesta quarta-feira, 28, críticas ao prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), que desistiu de disputar as prévias tucanas para Presidência da República.

Ele lamentou declarações do prefeito contra o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. “Ninguém quer expulsar Virgílio do PSBD, mas também ninguém quer que ele fique no partido cometendo injúrias diárias”, afirma Padilha. Informação do Painel diz que o Podemos do ex-tucano Álvaro Dias busca atrair Virgílio para a sigla.

Ao anunciar desistência nas prévias, o prefeito de Manaus chamou Alckmin de jeca. Também criticou Fernando Henrique por defender o direito de Luciano Huck de ser candidato.

No domingo, 25, a juventude nacional do PSDB divulgou nota crítica ao prefeito Virgílio, o acusando de falta de companheirismo e de espírito democrático.

Em resposta, a juventude tucana do Amazonas afirmou que há uma inatividade da direção nacional e divulgou que vai elaborar um documento com 23 propostas para ação na juventude.

Sobre isso, Bruno Malteze, membro fundador da Conexão 45, corrente interna da juventude tucana, declara: “A gente tem de pensar melhor as prévias para a Presidência e estruturar isso com antecedência.”

​PRÉVIAS EM SÃO PAULO

No processo para a escolha do candidato tucano ao governo de São Paulo, três nomes foram postos, o do suplente de senador, José Aníbal, do cientista político Luiz Felipe D’Ávila e do deputado federal Floriano Pesaro. Apesar de não admitir publicamente, o prefeito de São Paulo, João Doria, é cotado para participar da disputa.

A Conexão 45 manifesta apoio a Doria como candidato tucano no pleito estadual. “Se ele desejar disputar nós apoiaremos, mas independentemente disso apoiaremos quem for candidato do partido ao governo do Estado”, diz Bruno Malteze. O grupo ocupa cargos na administração municipal paulistana.

Outra subdivisão da juventude do partido, a Ação Popular, da qual Lucas Padilha faz parte, defende um modelo de prévias no qual todos filiados com um ano de partido possam votar, além de cada membro representar um voto, independentemente se for membro da direção da legenda ou ocupar cargo eletivo.

Também é defendido o voto em lista ordenada, no qual os eleitores enumeram todos os candidatos em ordem de preferência.

Sobre a decisão de marcar as prévias para 4 de março, antes do limite que João Doria tem para sair da prefeitura se quiser disputar o cargo, Padilha afirma. “A gente defendia que fosse depois do período de desincompatibilização, para que houvesse mais tempo para o debate. Mas entendemos a legitimidade do João Doria enquanto pré-candidato e a vontade de ter uma segurança se vai ser candidato antes de deixar a prefeitura. Não havendo prévias nacionais, abriu-se mais tempo de debate em São Paulo.”

A Ação Popular declara posição de independência e não manifesta apoio a um nome na disputa das prévias estatuais. Nas eleições municipais de 2016, a vertente apoiou Andrea Matarazzo nas prévias contra Doria.

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