Meirelles diz pensar se sairá candidato e que avalia reação do eleitor

Ministro nega conversa com campanha de Geraldo Alckmin

Cledivânia Pereira
Natal

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), diz que a decisão sobre uma possível candidatura em 2018 depende de avaliações, inclusive sobre a receptividade dos eleitores.

“Dentro de um mês devo tomar essa decisão e anunciar o meu projeto, se eu vou, de fato, sair do Ministério da Fazenda e ser candidato a presidente da República ou se vou continuar no Ministério da Fazenda até o final do ano”, afirmou ele, durante evento em Natal nesta segunda-feira (5).

“Essa decisão depende de uma série de avaliações que eu estou fazendo, inclusive em relação a eleitorado, a receptividade dos eleitores."

Para tentar aumentar as chances de viabilizar o nome para a disputa de 2018, o ministro vai intensificar as viagens a diferentes estados do Brasil até o próximo dia 7 de abril, data limite para se afastar do cargo. 

“Vou a Nova York representar o Brasil. Na volta, me dedico ao projeto nacional”, disse ele, na participação do evento que reuniu 800 empresários do comércio e indústria na capital potiguar.

Em palestra, Meirelles mostrar os resultados positivos do PIB e controle da inflação e defendeu que o "novo Brasil", para ser "bom", deve passar pela continuidade do projeto de recuperação econômica que está “sendo executado” desde quando ele assumiu o Ministério da Fazenda. “Estamos retomando o crescimento” e trabalhando para que a economia “seja como um voo de águia, constante”, afirmou.

Em 45 minutos de palestra, Meirelles não citou o presidente Michel Temer, que também é cotado para tentar viabilizar a própria candidatura. 

Sobre a possível candidatura de Temer, ele só falou quando questionado pela reportagem: “O presidente Temer e eu estamos no mesmo projeto. Vamos chegar a um entendimento”.

O ministro da Fazenda negou que estivesse conversando com o PSDB e que pudesse ser candidato a vice com o governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB). “Tenho respeito pelo governador, mas estamos em projetos diferentes”.

CRÍTICA

No mesmo evento, o empresário Flávio Rocha, dono da Riachuelo e que tenta viabilizar uma candidatura presidencial, fez críticas pontuais a Meirelles. Disse que ele é um ótimo defensor do ideário liberal, mas que tem sido reticente a fazer uma crítica mais forte a questões de segurança, ao que chamou de vitimização dos bandidos e convivência com a corrupção.

Como a Folha publicou neste domingo (4), empresários manifestam apoio à ação militar no Rio. O movimento Brasil 200, liderado por Rocha com a participação de outros líderes do setor, vai lançar um aplano de segurança com medidas para endurecer o combate à violência.

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.