Ministro do STF solta amigos de Temer presos em operação

Luís Roberto Barroso atendeu a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge

Fábio Fabrini
Brasília

O ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), mandou soltar neste sábado (31) os dez presos da Operação Skala, entre eles dois amigos do presidente Michel Temer, o advogado José Yunes e o coronel João Baptista Lima Filho.

Relator do inquérito que apura suposto esquema de corrupção em troca de favores do governo a empresas do setor portuário, o ministro justificou que o propósito dos mandados, cumpridos na última quinta (29), já se realizou.

 “Tendo as medidas de natureza cautelar alcançado sua finalidade, não subsiste fundamento legal para a manutenção das medidas”, escreveu.

A decisão atende a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Em documento enviado à tarde ao ministro, ela justificou que as medidas cumpriram o objetivo legal.

Houve busca e apreensão de documentos nos endereços dos investigados. Além disso, nos últimos dois dias, procuradores que atuam na PGR acompanharam os depoimentos dos alvos da operação. Ouvi-los, segundo os investigadores, era um dos propósitos da operação.

As prisões se deram na última quinta (29) e tinham prazo até a próxima segunda (1º).

Das 13 pessoas alvos de mandados de prisão, três, ligadas ao grupo Libra, não foram encontradas por estarem no exterior. A PGR, no entanto, informou ao ministro que os investigados estão dispostos a se apresentar à PF assim que retornarem ao Brasil.

O ministro mandou comunicar o Ministério Público Federal e a PF da decisão e expedir os alvarás para a imediata soltura.

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