Um ano após gafe, Temer faz discurso rápido no Dia da Mulher

Em saudação de cerca de 2 minutos, ele disse apoiar equiparação salarial entre homens e mulheres

Presidente Michel Temer e a primeira-dama Marcela Temer participam de homenagem ao Dia das Mulheres em evento no Palácio do Planalto
Presidente Michel Temer e a primeira-dama Marcela Temer participam de homenagem ao Dia das Mulheres em evento no Palácio do Planalto - Pedro Ladeira/Folhapress
Brasília

No ano seguinte ao ter cometido uma sequência de gafes relacionadas ao tema, o presidente Michel Temer optou por um discurso rápido nesta quinta-feira (5) em homenagem ao Dia Internacional da Mulher.

Em saudação de cerca de dois minutos, ele disse que apoia o movimento pela equiparação salarial entre homens e mulheres e lembrou que ambos são iguais em direitos e deveres, como prevê a Constituição Federal.

"O movimento deveria empunhar essa bandeira: invocando o texto constitucional e dizendo que tem o apoio do presidente. Essa é uma mobilização muito boa para as mulheres do Brasil", disse.

No ano passado, em evento com a mesma temática, o presidente fez um discurso longo, no qual afirmou que tem "convicção do quanto a mulher faz pela casa" e disse que a formação dos filhos é de responsabilidade da mãe.

As declarações, que incluíram ainda a afirmação de que as mulheres participam na economia ao indicar os "desajustes de preços em supermercados", foram criticadas por movimentos sociais.

Para este ano, foi feita uma cerimônia pequena, não incluída previamente na agenda presidencial e informada às pressas para os veículos de imprensa.

Presente no evento, a primeira-dama Marcela Temer também fez um discurso rápido. Ela destacou o papel das servidoras públicas e agradeceu a atuação delas.

Com a demissão no mês passado da ministra Luislinda Valois, dos Direitos Humanos, restou apenas uma mulher no primeiro escalão da Esplanada dos Ministérios: a ministra-chefe da AGU (Advocacia-Geral da União), Grace Mendonça. 

Desde a gafe do ano passado, Temer tem feito questão de defender, sempre que possível, a defesa da igualdade de direitos nas redes sociais e em discursos oficiais.

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